Mais polêmica: Laboratório é processado por erros em testes de HIV, gravidez e outros exames

Entre os casos mais graves está o de uma paciente que recebeu um falso positivo para HIV em 2010, na unidade do laboratório em Belford Roxo, Rio de Janeiro

Laboratório investigado pela polícia está interditado | Fernando Frazão/Agência Brasil
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O laboratório PCS Lab Saleme, interditado após o caso dos órgãos transplantados contaminados com HIV, já enfrenta pelo menos seis processos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) relacionados a erros em exames. As acusações variam e incluem casos de exames de gravidez, HPV, fator RH, colesterol e HIV, abrangendo denúncias de mais de uma década.

Entre os casos mais graves está o de uma paciente que recebeu um falso positivo para HIV em 2010, na unidade do laboratório em Belford Roxo, Rio de Janeiro. A mulher conviveu com o diagnóstico incorreto por dois meses, até que exames realizados em outra instituição confirmaram que ela não era portadora do vírus. Após uma longa batalha judicial, a paciente conseguiu um acordo de R$ 20 mil com os sócios do PCS Lab, em julho de 2023, após vencer a ação na Justiça.

Exames de gravidez com erro

Outro episódio envolve uma jovem de Belford Roxo, que procurou o laboratório em janeiro de 2022 para confirmar uma possível gravidez. Inicialmente, o resultado recebido pela internet indicava que ela estava grávida, o que a levou a comemorar a notícia. No entanto, ao comparecer pessoalmente para retirar a versão impressa do exame, foi surpreendida ao ser informada de que houve um erro no sistema e que ela, na verdade, não estava grávida.

Cerca de um mês depois, a jovem passou mal e realizou uma ultrassonografia em outro laboratório, que confirmou sua gravidez. A defesa da jovem alegou no processo que o problema não se tratava de um falso positivo, mas de um erro na impressão e entrega dos resultados do exame, o que gerou grande confusão e sofrimento emocional.

Esses processos são um reflexo das inúmeras falhas cometidas pelo PCS Lab Saleme, que já vinha acumulando histórico de erros muito antes de ser interditado no escândalo envolvendo os órgãos transplantados contaminados com HIV.

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