Nesta quarta-feira (29), ocorreu uma reunião no comando do Corpo de Bombeiros com a participação da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, do Serviço de Meteorologia dos Técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) e municípios que podem entrar em situação de risco.
As cidades que têm uma maior probabilidade de enchentes com desabrigados, tendo em vista o histórico de ocorrências, são: Campo Maior, São José do Divino, Miguel Alves, Piracuruca, Cabeceiras, Barras, Esperantina, Luzilândia, Madeiro, Lagoa Alegre, Batalha, Joca Marques e Buriti dos Lopes e demais municípios à margem de rios.
A reunião conjunta preventiva teve o intuito de orientar como os gestores devem agir em relação a essa possibilidade. “Nós solicitamos aos municípios, antecipadamente, que eles já definam os três locais para possíveis problemas: um para o comando de operações, alojamento da tropa de bombeiros e outro para possíveis desabrigados”, declara Geraldo Magela, secretário de Defesa Civil do Estado.
Carlos Frederico, comandante do Corpo de Bombeiros, durante a reunião, definiu o que é de responsabilidade dos municípios, as necessidades do Corpo de Bombeiros e as sugestões que devem ser repassadas. “Os municípios devem contabilizar pessoas resgatadas, pensar em um local para a tropa descansar e pontos de atuação eficiente”, disse.
O secretário acrescenta que o serviço da assistência social de cada município é relevante para o sucesso de uma operação com possíveis desabrigados.
Como representante do município de Teresina, Samuel Silveira, secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), levou a experiência da capital para as cidades de pequeno e médio porte.
“Ao todo, nós temos 52 áreas de risco na cidade e está tudo sob controle. Já temos um trabalho consolidado, bem planejado e monitorado, e isso facilita quando chegam as ocorrências”, informa.
O secretário fez um comparativo no tocante à questão dos desabrigados.
“Teresina tem por tradição não abrigar pessoas em colégio, prejudicando assim a rede de ensino. Nós não conseguimos caminhar antes dos problemas, mas conseguimos dar respostas certas para cada problema”, frisa Samuel.
Chuvas devem aumentar em fevereiro
Sônia Feitosa, gerente de Meteorologia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR), destaca as previsões meteorológicas do Estado para os próximos dias, que são bem parecidas com as dos próximos meses “Nós temos agora, em atuação, os sistemas produtores de chuva, que é a Zona de Convergência Intertropical, mas no Norte do Piauí, e para o Sul, nós temos outra zona de convergência de ventos úmidos, que é a Zona de Convergência do Atlantico Sul”, falou.
Para fevereiro, a tendência é que essas chuvas aumentem tanto parcialmente, tornando-as mais uniformes, como também em quantidade.
A previsão para o trimestre todo do Piauí (fevereiro, março e abril) é uma maior probabilidade de chuvas que variam de normal a acima da média.
“A maior probabilidade mesmo é de chuva acima da média em percentual de 45% no Norte do Estado. Vindo mais para a região Sul, no Sudoeste, há uma tendência das chuvas se comportarem acima da média, com a probabilidade de 40%, um pouco menor”, declara. (A.S.)