Maioria dos brasileiros é contra comemorar o golpe militar

Levantamento é do Instituto Datafolha

Bolsonaro comemorou o golpe militar | Divulgação
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Os brasileiros são contra a comemoração do dia do início da ditadura militar no Brasil. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, 57% acredita que o fato deve ser "desprezado", enquanto que 36% acredita que merece celebração. 7% não souberam ou opinaram sobre o caso. A data do golpe de 1964 é o dia 31 de março, fato incentivado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Participaram da pesquisa 2.086 pessoas de 130 municípios entre terça (2) e quarta-feira (3). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança (que é a chance de a pesquisa retratar a realidade) é de 95%.

Bolsonaro em ato pelo Golpe Militar. Crédito: divulgação.

O assunto se tornou polêmico no último dia 25 de março, quando o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, declarou que Bolsonaro havia determinado ao Ministério da Defesa "comemorações devidas" à data em quartéis.

O presidente chegou a afirmar que, na verdade, a ideia era rememorar, e não comemorar o golpe de 1964. Ainda assim, essa foi a primeira vez que tal orientação foi feita desde a criação da pasta, o que levou a Defensoria Pública da União a tentar impedi-la na Justiça.

O desprezo à data do golpe tem maior apoio entre os mais jovens, mais escolarizados e mais ricos da população. Entre as pessoas de 16 a 24 anos, 64% são contrários à comemoração da data. A porcentagem chega a 67% entre quem tem ensino superior e a 72% entre os de renda familiar mensal superior a dez salários mínimos.

Ainda segundo o Datafolha, foram favoráveis à celebração do golpe 42% das pessoas com mais de 60 anos, 43% dos que têm ensino fundamental e 39% dos que têm renda mensal familiar de até dois salários mínimos.

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