Na manhã deste sábado (20/01), ocorre o velório da bebê Maria Louise, de apenas 8 meses, morta após ser uma das vítimas do atropelamento coletivo ocorrido no calçadão da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo a família, o enterro da pequena acontecerá na tarde de hoje no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
Parentes começaram a chegar na capela por volta das 10h. O pai da vítima, o motorista Darlan Rocha, ficou por cerca de 20 minutos chorando em cima do caixão.
Já a mãe, Niedja da Silva Araújo, que também foi atropelada no acidente chegou ao local do velório chorando muito e de cadeira de rodas. “Eu quero a minha filha”, gritava ela. Revoltado, Darlan voltou a desabafar e chamou o motorista Antonio Almeida Anaquim de monstro: "É inexplicável como um motorista pode dirigir com a carteira suspensa".
Os pastores da Assembleia de Deus, Isaías Domingos Vieira e a mulher Vera Lúcia Vieira contaram que Niedja passou a noite na casa deles porque ela mora na Ladeira dos Tabajaras num local de difícil acesso e que ela não teria como chegar por causa dos ferimentos na perna. O marido Darlan, também dormiu na casa dos pastores. O casal contou que Niedja não dormiu e chorou a noite inteira. Eles tentaram convencê-la a vir mais tarde para o velório, mas não conseguiram.
"Ela quis vir cedo para o velório. Está sendo muito doloroso para essa mãe de 23 anos, que estava começando a construir sua família, que numa noite de muito calor foi à praia para se refrescar e voltou pra casa sem o seu bebê. Não entendo como alguém dirige com a carteira suspensa e anda mente", disse a pastora Vera.
O pastor disse que o advogado da igreja está prestando assessoria à família e vai entrar com processo contra o motorista que causou o atropelamento coletivo em Copacabana.
Dos 17 feridos, pelo oito permanecem internados. Entre eles, um turista australiano, que está em estado grave no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul.