A pequena Luana Mesquita, de 8 anos, foi levada ao Hospital do Satélite por apresentar um quadro de vômito constante. Chegou até mesmo a ser internada para tomar soro, mas isso não surtiu efeito, então uma médica do hospital colocou outro soro, glicosado, na criança. O que foi fatal já que a menina tinha diabetes, mas nem a família tinha conhecimento.
?Ela estava simplesmente sem conseguir se alimentar. A gente acha que alguma coisa fez mal a ela, ela vomitou e a partir daí ela não conseguiu segurar mais nada no estômago. A gente estava preocupado que ela estava desidratada e então resolvemos levar ela para o hospital. Chegando lá um médico a atendeu e quando acabou o primeiro soro que ele colocou, ela estava em observação, mas não havia ninguém observando e minha mãe foi atrás. Quando chegou lá já era outra médica que estava lá e foi essa médica que trocou o soro, viu que ela ainda estava molinha e resolveu botar mais soro. Esse segundo soro a gente tem certeza que ele tinha glicose, ela mesma disse?, conta a mãe da criança que veio a óbito.
Não foi feita a avaliação prévia do sangue de Luana, fato que poderia ter evitado a morte. Outro exemplo de desorganização é porque a equipe do Programa Saúde da Família (PSF) não acompanhou de perto a menina todos os dias. No caso de Luana foram problemas no atendimento e falta de energia por quatro horas podem ter agravado a sua situação.
?Ela pediu ?mãe fica comigo?. Quando você vê assim quando cheguei no hospital que meu pai veio me buscar, o hospital estava sem energia, a médica já tinha sido procurada e ninguém achava ela. Quando eu cheguei lá e perguntei cade a médica a moça disse que ela não poderia atender no escuro. Minha gente que absurdo, minha filha estava agonizando e já fazia quatro horas que a menina estava lá e era a única criança que estava em observação?, conta emocionada a mãe que chora a perda da filha.