As lojas do Centro estavam todas abertas no feriado da Proclamação da República de sexta-feira, 15. A decisão do funcionamento partiu do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindilojas/PI) em acordo com o Sindicato dos Empregados no Comércio e Serviços de Teresina/PI para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2019/2020.
No entanto, mesmo com horário normal, a movimentação era pouca. Funcionários de lojas e lanchonetes estavam até mesmo à frente da entrada para atrair compradores, que aos poucos estavam chegando. Os locais de estacionamento, que ficam com vagas escassas em dias normais, estavam livres e com poucos automóveis. Ao que parece, a maioria da população teresinense escolheu a manhã da sexta para ficar em casa ou viajar.
Por outro lado, para quem idealizou compras tranquilas, sem muita fila, foi embora feliz. A diminuição do fluxo, por sua vez, já era esperada pelos lojistas. A ideia de trabalhar no feriado trouxe algumas dúvidas a respeito de que se vale a pena ou não investir nos feriados.
"A ideia é boa. Acho até que as coisas podem melhorar daqui a um tempo", disse o gerente de loja Francisco Marreiros, que explica que a cultura brasileira pode melhorar no seu apecto de oferecer muitos feriados. Para ele, são muitos e precisa haver um controle.
"Quanto mais força de trabalho no mercado, mais se fomenta o consumo e as coisas vão mudando", explica. Quando o feriado ocorre em uma sexta-feira traz menos benefícios aos comerciantes devido o grande intervalo de dias, que acaba diminuindo o fluxo de pessoas. "Esse é o grande problema do de hoje, a gente tem pouca clientela no comércio", falou Francisco Marreiros.
Mesmo um pouco surpreso com as ruas do centro vazias e compará-las com as de uma manhã de domingo, o gerente informou que ainda há uma certa expectativa. "Nós que vivemos e trabalhamos no comércio sempre esperamos bons resultados. Nao grandes, mas pequenos", disse.
Já para quem resolveu sair de casa para pagar contas e realizar compras, foi execelente. Francisca Edna, doméstica, saiu bem cedo, acreditando que iria enfrentar filas, o que costuma acontecer sempre. Mas ela foi surpreendida ao andar pelas ruas estreitas e ver pouca gente.
"A gente tem até mais espaço na rua para andar e aproveitar. Durante os dias normais, é muito lotado e sufocante" contou, ao acrescentar que a atenção de funcionários é mais proveitosa com pouca gente .