Levantamento divulgado nesta quarta-feira (9) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) mostra que mais da metade da malha viária do Brasil tem problemas com sinalização, pavimento e geometria. Foram analisados cerca de 110 mil quilômetros, entre rodovias federais pavimentadas e as principais estaduais.
De forma geral, a Pesquisa CNT de Rodovias 2022 apontou que 66% do total avaliado foi considerado regular, ruim ou péssimo, no levantamento de 2021, eram 71,8% dos 109 mil quilômetros avaliados.
Em 2022, foram analisados 3.473 km no Piauí, que representam 3,1% do total pesquisado no Brasil.
Confira todas as informações da 25ª Pesquisa CNT de Rodovias
– Síntese dos resultados: Brasil, regiões e estados.
Com relação ao estado geral, 65,8% da malha rodoviária pavimentada avaliada no Piauí apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. 34,2% da malha é considerada ótima ou boa.
Quando o assunto é pavimento, 46,7% da extensão da malha rodoviária avaliada do estado apresenta problemas. 53,3% está em condição satisfatória. 0,3% está com o pavimento totalmente destruído.
Sobre a sinalização, 82,9% da extensão da malha rodoviária da região é considerada regular, ruim ou péssima. 17,1%, ótima ou boa. 18,3% da extensão está sem faixa central e 25,2% não tem faixas laterais.
Foram constatados ainda no estado, 134 pontos críticos na malha rodoviária.
A pesquisa apresentou ainda que, as condições do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 25,4%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
De acordo com a CNT, para recuperar as rodovias no Piauí, com ações emergenciais, de restauração e de reconstrução, são necessários R$ 486,20 milhões.
O levantamento aponta que as más condições de pavimento, por exemplo, provocam um aumento de 37,1% no custo operacional das rodovias sob gestão pública e de 17,8% daquelas que foram concedidas.
Dado divulgado em fevereiro e atualizado agora mostra que, no ano passado, foram registrados 64.515 acidentes em rodovias federais, que resultaram na morte de 5.395 pessoas -aumento de 2% em relação a 2020, quando foram 5.287 óbitos. No aspecto financeiro, esses acidentes causaram um prejuízo de R$ 12,75 bilhões para o país.