Lava Jato anuncia a devolução de R$ 204 milhões à Petrobras

O dinheiro é resultado de 21 acordos, segundo o MPF.

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O Ministério Público Federal no Paraná (MPF) anunciou a devolução de R$ 204,2 milhões para a Petrobras. O dinheiro foi recuperado  por meio de acordos de colaboração e de leniências celebrados a partir da Operação Lava Jato. A cerimônia ocorreu na tarde desta sexta-feira (18), em Curitiba, com a participação do presidente da Petrobras, Pedro Parente. Durante o evento, os participantes defenderam as "10 medidas contra a corrupção".

O dinheiro é resultado de 21 acordos, segundo o MPFDestes, 18 são de colaboração premiada, celebrados com pessoas físicas, e três de leniência, que foram fechados com pessoas jurídicas. O MPF informou que, até o momento, 70 acordos foram feitos no âmbito da  Lava Jato, além de seis acordos de leniência e de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Conforme o MPF, esta é a terceira  e a maior devolução de recurso para a Petrobras dentro da Lava Jato. A primeira devolução foi feita em maio de 2015. Ao todo, de acordo com o MPF, foram devolvidos cerca de R$ 500 milhões.

Os R$ 500 milhões devolvidos até agora pela Lava jato à Petrobras equivalem a 8% dos R$ 6,2 bilhões que a companhia lançou como prejuízos causados pela corrupção no balanço de 2014.

Confira a lista de quanto foi devolvido por pessoa ou empresa:

-Agosthilde de Mônaco Carvalho, engenheiro, ex-assistente de Nestor Cerveró na Diretoria Internacional da Petrobras - R$ 561.075,76

-Augusto Mendonça, executivo da empresa Toyo Setal - R$ 3.654.544,12

-Camargo Corrêa – R$ 13.496.160,51

-Carioca Engenharia – R$ 4.514.549,36

-Cid José Campos Barbosa da Silva – R$ 1.361.108,22

-Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa - R$ 615.214,86

-Eduardo Leite, ex-vice-presidente da Camargo Corrêa – R$ 3.234.115,08

-Eduardo Musa, ex-gerente da Diretoria Internacional da Petrobras – R$ 2.491.703,88

-Hamylton Padilha Junior, lobista, apontado como operador do ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada – R$ 56.436.661,43

-João Medeiros Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil – R$ 1.514.884,92

-José Adolfo Pascowitch, apontado como operador de propinas da Engevix – R$ 8.061.648,61

-Júlio Camargo, lobista, delator do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha – R$ 16.378.002,66

-Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, empresário, acusado de ser operador de propinas na empresa SBM Offshore – R$ 3.221.368,12

-Mário Frederico de Mondonça Góes, empresário, apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobras – R$ 1.155.570,78

-Milton Pascowitch, empresário, apontado como operador de propinas da Engevix – R$ 16.125.201,60

-Pedro José Barusco Filho, engenheiro, ex-gerente de Serviços da Petrobras – R$ 41.535.289,50

-Ricardo Ribeiro Pessoa, dono da UTC Engenharia – R$ 5.641.161,51

-Roberto Trombeta, contador, apontado como operador de propinas da UTC Engenharia  – R$ 11.974.842,02

-Rodrigo Morales, lobista, apontado como operador da UTC Engenharia e da OAS  – R$ 8.691.786,92

-Shinko Nakandakari, engenheiro, apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobras – R$ 1.061.455,05

-Setal Óleo e Gás (SOG) – R$ 2.555.397,02

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