Laboratório produz mosquitos transgênicos contra a dengue

Eles são geneticamente modificados para matar as larvas, em áreas de altos índices de infestação do mosquito da dengue

Mosquitos são soltos perto das casas | Reprodução
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Um laboratório produziu quatro milhões de mosquitos transgênicos para combater a dengue, em Juazeiro, no norte da Bahia. Eles são geneticamente modificados para matar as larvas, em áreas de altos índices de infestação do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da doença.

Os moradores já se acostumaram com a cena dos mosquitos sendo soltos nas ruas. Há três anos, uma variedade do mosquito transmissor da dengue começou a ser reproduzida em laboratório por uma empresa de biotecnologia de Juazeiro. Os mosquitos machos geneticamente modificados, que não oferecem riscos à população, são soltos para cruzar com as fêmeas que estão na natureza.

?Esses machos copulam com as fêmeas e eles passam um gene para as fêmeas que mata os filhotes?, explica coordenador do projeto Danilo Carvalho.

A soltura começou em julho de 2011. Os cientistas já avaliaram o resultado em um bairro e estão animados com a diminuição da incidência do mosquito. ?Através desse monitoramento que a gente faz com armadilhas, verificamos que teve essa redução de 75% da população?, completa o coordenador.

O projeto será levado a outros dois bairros da cidade e a empresa já montou um laboratório novo para a produção de quatro milhões de mosquitos por semana.

O combate ao mosquito da dengue em Salvador é feito de forma tradicional e os agentes têm encontrado muitos focos, principalmente nos bairros populares. Na capital baiana, 40% das larvas são encontradas em tanques e tonéis descobertos.

Os mosquitos transgênicos, que foram testados em dois bairros de Juazeiro, serão soltos em Jacobina, que tem cerca de 80 mil habitantes.

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