A Organização Meteorológica Mundial (OMM) revelou nesta quarta-feira (11) que há uma probabilidade de 60% de surgimento de condições de La Niña até o final deste ano. A ocorrência ocorre quando há um resfriamento significativo na faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico, com uma diminuição de pelo menos 0,5°C nas águas do oceano.
Este evento natural, que ocorre a cada três a cinco anos, pode afetar significativamente o clima global, embora o aquecimento global continue a ser uma preocupação central.
impacto do La Niña no brasil
Para o Brasil, os impactos típicos do La Niña incluem aumento de chuvas no Norte e Nordeste, tempo seco no Centro-Sul com chuvas irregulares, e uma tendência de tempo mais seco no Sul. Além disso, há uma maior probabilidade de massas de frio entrarem no país, provocando variações térmicas mais acentuadas. A OMM observa que, no momento, as condições são “neutras”, mas a probabilidade de transição para La Niña cresce para 60% entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025.
Especialistas apontam que a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) prevê um pico de La Niña entre novembro e janeiro, com uma probabilidade de 74% em dezembro. No entanto, a intensidade e a duração do aspecto ainda são incertas. “O impacto do La Niña pode variar dependendo da época do ano e de outros fatores climáticos”, explica Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo.
eventos climáticos extremos
Apesar das mudanças possíveis no clima a curto prazo com a chegada do La Niña, a OMM destaca que as mudanças climáticas provocadas pelo homem começam a aumentar à medida que as temperaturas globais e intensificam os eventos climáticos extremos. Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, salienta que mesmo com um resfriamento temporário, a tendência de longo prazo para o aumento das temperaturas globais permanece inalterada.
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