Justiça do Rio concede liberdade aos 439 bombeiros presos

Ontem, o governo anunciou que antecipará seis meses de reajustes salariais a bombeiros, policiais militares e civis e agentes penitenciários.

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O desembargador Claudio Brandão, do Tribunal de Justiça do Rio, concedeu habeas corpus aos 439 bombeiros presos por ocuparem o quartel central da corporação há uma semana. Uma comissão de deputados federais anunciou, pouco antes das 11h desta sexta-feira, a decisão aos manifestantes, que estão detidos na policlínica da corporação em Niterói.

Ontem, o governo anunciou que antecipará seis meses de reajustes salariais a bombeiros, policiais militares e civis e agentes penitenciários. Os líderes da mobilização, no entanto, disseram que só discutiriam o reajuste após a libertação dos bombeiros.

Foi enviada à Assembleia Legislativa mensagem concedendo aumento imediato de 5,58% aos 127.276 servidores ativos, aposentados e pensionistas englobados nessas quatro categorias. O impacto orçamentário será de R$ 323 milhões.

Com isso, o salário-base dos bombeiros passará de R$ 1.151 para R$ 1.215, segundo dados oficiais do governo --os bombeiros dizem que o salário-base da categoria é de R$ 950.

"Pelo que soube, esse reajuste não é condizente com o salário que reivindicamos, de R$ 2.000 líquidos. Mas agora não é isso que importa", afirma Cristiane Daciolo, 37, mulher do cabo Benevenuto Daciolo, um dos detidos desde sábado.

Além da antecipação do reajuste, o governo anunciou a criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil, que será chefiada pelo coronel Sérgio Simões --ele já tinha sido nomeado comandante-geral do Corpo de Bombeiros no último sábado (4) e agora acumulará os dois cargos.

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