Justiça determina 80% da frota dos ônibus em horários de pico em Teresina

Liminar determina que as empresas que atuam no transporte público garantam a circulação de parte da frota durante a greve da categoria, que já entrou no 12° dia.

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O juiz João Gabriel Furtado, da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, concedeu na tarde desta sexta-feira (01), uma liminar, a pedido da Prefeitura de Teresina, através da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), para que as empresas que atuam no transporte público garantam a circulação de parte da frota durante a greve da categoria, que já entrou no 12° dia. 

A decisão prevê que as empresas devam disponibilizar 80% da frota de ônibus coletivos nos horários de pico (segunda a sexta das 06:00h às 09:00 e 17:00 às 19:00h, aos sábados: 6 às 9h e das 12 às 15h), e 60% nos demais horários. Em caso de descumprimento da liminar, o magistrado determinou aplicação de multa diária de R$ 50.000,00 até o limite R$ 1.000.000,00.

Na última quarta, o Sindicato dos Trabalhadores Em Empresas de Transportes Rodoviários No Estado do Piauí (SINTETRO) decidiu por manter o movimento grevista do transporte coletivo de Teresinadurante uma assembleia entre a categoria.

No novo encontro, os trabalhadores discutiram e recusaram a proposta da Prefeitura de Teresina no valor de R$ 300 mil para dividir entre a categoria. Ao Meionorte.com, Antônio Cardoso, presidente do Sindicato, destacou que o Sintetro agradece a proposta da gestão, aos desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que tentaram uma mediação nesta semana, mas não havia como aceitar a proposta. 

“A proposta era de 300 mil que daria em torno de 150 para cada trabalhador e  a gente sabe que ela não traz nenhum benefício para nós, nas nossas férias, no nosso décimo terceiro. Vamos continuar 2022 sem aumento e chegar 2023 com salário de 2019. As empresas não cumprem e vamos continuar rodando e parando, rodando e parando. Se não tiver convenção, não tem saída e eles vão continuar se beneficiando do dinheiro da prefeitura”, explicou. 

Procurado pela reportagem, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou que até o momento, não tomou conhecimento a respeito da decisão. 

 

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