Justiça de Goiás bloqueia R$ 50 milhões em dinheiro e imóveis de João de Deus

MP diz que objetivo é garantir ressarcimento de vítimas de abusos sexuais

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O médium João de Deus, preso após denúncias de abusos sexuais durante tratamento espiritual, teve R$ 50 milhões em dinheiro e imóveis bloqueados pela Justiça de Goiás nesta quarta-feira (9). A medida foi determinada no último dia 27 de dezembro, após pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para ressarcimento das vítimas. O investigado nega os crimes.

O defensor Ronivan Peixoto que vai avaliar a ação para definir a defesa "pertinente".

O próprio João de Deus já havia declarado, em depoimento à Polícia Civil, ter várias fazendas, casas e carros. Além disso, durante buscas em endereços ligados ao médium, foi encontrado mais de R$ 1,6 milhão em espécie e pedras preciosas.

LEIA MAIS: Juíza aceita denúncia e João de Deus vira réu por crimes sexuais

Investigação

A juíza Rosângela Rodrigues dos Santos aceitou a denúncia contra João de Deus também nesta quarta-feira. O caso envolve quatro vítimas, com relação aos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.

João de Deus, que está preso desde 16 de dezembro no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, foi ouvido nesta quarta-feira em outro caso: por posse ilegal de arma.

A investigação foi aberta pela Polícia Civil após serem encontrados revólveres e pistolas na casa dele durante operações de busca e apreensão.

Reprodução/TV Anhanguera 

Situação atual

-Juíza aceitou denúncia contra João de Deus e ele se tornou réu por abusos sexuais;

-Médium foi ouvido pela segunda vez, no dia 9 de janeiro, pela Polícia Civil, desta vez sobre posse ilegal de arma;

-Após o médium passar mal na prisão no dia 2 de janeiro, o ministro Dias Toffoli pediu novo parecer à PGR, que continuou contrária ao habears corpus;

-Também depois de precisar de atendimento médico, o presidente do Supremo pediu novas informações sobre o estado de saúde de João de Deus à Justiça de Goiás. Juíza Marli de Fátima Naves diz que não havia necessidade de transferência para hospital;

-O MP-GO recorreu, no TJ-GO, de decisão que determina prisão domiciliar de João de Deus por posse de arma, em 29 de dezembro; ainda não há nova decisão;

-Ministério Público Estadual de Goiás denunciou João de Deus por violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável no dia 28 de dezembro;

-Justiça concedeu prisão domiciliar por posse de armas no dia 27 de dezembro, mas ele segue preso por violaçõa sexual. João de Deus teve habeas corpus negado no TJ-GO e STJ e aguarda decisão do STF;

-O médium prestou depoimento ao MP-GO no dia 26 de dezembro;

-Esposa do médium foi ouvida pela Polícia Civil também no dia 26 de dezembro e disse que não sabia de crimes;

-João de Deus prestou primeiro depoimento para a Polícia Civil quando foi preso, no dia 16 de dezembro;

-O médium passou a ser investigado após denúncias virem à tona no programa Conversa com Bial. Polícia Civil e MP-GO apuram relatos de estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e posse legal de arma.

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