JUNTA movimenta circuito de dança em Teresina

O Junta é apresentado pela Caixa Econômica.

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Em sua segunda edição, o JUNTA - Festival Internacional de Dança acontece de 08 a 12 de junho em Teresina- PI, articulando ações, reflexões e possibilidades no circuito de dança e de arte contemporânea em Teresina. Nesta edição e neste momento do Brasil, se propõe a pensar sobre ética, estética e comunidade a partir das obras que em sua maioria são inéditas em Teresina.

Concebido pelos artistas Datan Izaká, Jacob Alves e Janaína Lobo, o festival vem com vasta programação de espetáculos nacionais e internacionais, residências artísticas, intervenções urbanas, workshops, mostras de processo e programação infantil.

As ações artísticas do JUNTA esse ano se dividem em 04 Zonas:

Zona Articular – espaço para articular praticas, procedimentos e conversas sobre o fazer da dança em seus diferentes modos de fazer. São residências, workshops, conversas que articulam o circuito internacional de dança no Piauí.

Zona Urbana – intervenções urbanas que acontecerão em espaços também do centro da cidade

Zona em Processo – mostra de processo, trabalhos ainda na cozinha da criação

Zona em Movimento – a programação de espetáculos.

Artistas do Piauí, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Espanha, Moçambique, Argentina e várias outras localidades estarão ocupando espaços culturais importantes da cidade. Este ano o JUNTA #2 acontecerá como uma ocupação do centro da cidade, no Teatro 4 de Setembro, Clube dos Diários, Casa da Cultura de Teresina, Sesc da Avenida Campos Sales (Espaço Cultural Cosme Oliveira) e Escola Estadual de Dança Lenir Argento.

Aprendizado e trocas (Zona Articular)

As residências artísticas e oficinas vão mobilizar a cidade. A primeira ação da Zona articular é a do grupo holandês NOOM (Liesje van den Berk, Maaike van de Westeringh e Jeen Rabs), que fará residência Meu Amigo Sombra. Com duração de 10 dias e participação de artistas locais será finalizada com uma performance  voltada para crianças e adultos, que será apresentada na Zona em Processo (espaços para trabalhos em experimentação).

Corpo Presente de Denise Stutz (RJ) nos dias 06, 07 e 08; Troca Troca de Wagner Schwartz (SP) nos dias 06 e 07; Juntando Escrita com Anderson do Carmo (SC) nos dias 08, 10 e 11 e oficinas dos moçambicanos Matanyane e Benjamim (10 e 11) estarão também na zona articular sempre pela manhã. São espaços de formação com importantes momentos para trocar experiências e articular ações entre artistas que estarão circulando pelo festival este ano.

Todas as oficinas são gratuitas e acontecem pela manhã de 09:00 às 12:00 horas na Casa da Cultura de Teresina.  As vagas são limitadas e para se inscrever basta enviar e-mail para articular.junta@gmail.com, assunto do e-mail com o nome da oficina que deseja fazer, identificando-se, falando brevemente de você e sobre a intenção de participar da oficina.

Além das oficinas e residências, na Zona Articular o JUNTA propõe uma conversa dança com o Discoreografia – Música, Dança e Blá, Blá, Blá. Trata-se de um programa de web-rádio com Elisabete Finger que bate um papo com artistas sobre suas obras e seus processos criativos através da música. No #JUNTA2, o Discoreografia acontece ao vivo com a participação do público e recebe como convidada a coreógrafa carioca Denise Stutz.

 (Re)Conhecendo Movimentos (Zona em Movimento)

Os espetáculos são a parte do JUNTA bastante esperada pelo público. É a oportunidade de saber o que está sendo pensado e discutido na dança contemporânea mundial através das obras.

GAG, de Luciana Chieregati (Espanha/Brasil); Supervivência (Argentina) de Alina Ruiz Folini, Nudez (Moçambique), Piranha de Wagner Schwartz (SP/França), Mordedores de Marcela Levi e Lúcia Russo(RJ), The Hot One Hundred Choreographers e “Ó” de Cristian Duarte (SP), Desatro de Neto Machado (BA), Finita de Denise Stutz (RJ), Baixa da Égua, da Cia Luzia Amélia (PI) estarão compondo a programação de espetáculos.

JUNTA na rua (Zona Urbana)

A relação entre o Corpo e o Espaço é fundamental na Dança. A partir disso, o JUNTA propõe ações de reconhecimento e envolvimento pela cidade.  Com as intervenções urbanas Burcas Flutuantes de Aline Tima (SP), Gráfico Planificado da Violência de Fernando Lopes (BA) e Camelô AM/ FM de Calu Zabel (SP) o Festival traz outros olhares e possibilidades de vivenciar e questionar a cidade em que habitamos.

Compartilhando percursos (Zona em Processo)

Obras ainda em construção tem vez no JUNTA. Zona em Processos mostra criações ainda em experimentação selecionadas na Convocatória Pública do JUNTA. Trabalhos ainda na cozinha da criação como Mulher Bomba de Izabelle Frota, Tumate de Elielson Pacheco, Entre de Datan Izaká e Folie à Famille de Luiz Outro vão compartilhar no JUNTA seus percursos.

JUNTA que se fortalece                        

Toda a programação foi montada de acordo com a curadoria dos idealizadores e também através de Convocatória Pública que selecionou obras para compor a programação. Janaína Lobo, uma das diretoras do JUNTA, destaca que este foi um importante instrumento para reconhecer e expandir a produção artística em dança que acontece no Piauí e no mundo.

“Tivemos um número muito grande de inscrições, o que nos deixou bastante felizes e aponta também para uma carência e dificuldade de circulação que temos no Brasil”, pontua Janaína ressaltando a transversalidade da seleção que tem o corpo contemporâneo como ponto de partida e o discute/problemtaiza em diferentes suportes e linguagens, como a dança e a fotografia.

Para cena artística piauiense, o JUNTA representa um importante canal com trabalhos que são referência de pensamentos e modos contemporâneos de fazer dança tanto no Brasil como exterior.

Também contribui de forma impactante com a formação artística na região, dando visibilidade e fomentando a produção local, proporcionando intercâmbios entre artistas locais e de fora e formação de público para a dança contemporânea. Ano passado o JUNTA estabeleceu conexões, por exemplo, com Cuiabá, São Luís e Concepcion (Chile), expandindo e fortalecendo a produção artística latino-americana. Uma forma de aproximar outros eixos de produção artística, para além dos já conhecidos.

O JUNTA surgiu em 2015, já fortalecendo e oficializando um circuito de festivais de dança no Nordeste do Brasil, em parceria com o Conexão Dança (MA). Sua 1ª edição marcou Teresina no circuito de dança contemporânea do país, viabilizando uma experiência estética, que fomenta a dança e a arte locais e a criação e manutenção de redes de atuação.

O Junta é apresentado pela Caixa Econômica e realizado pelo Instituto Punaré e Sesc.

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