A 1ª Vara Criminal negou o pedido de revogação de prisão do caminhoneiro Willians Maciel Dias, em Vilhena (RO), a 700 quilômetros de Porto Velho. Ele é suspeito de matar o caminhoneiro José Batistela com uma pedrada na BR-364. A juíza Liliane Pegoraro Bilharva indeferiu a revogação com o argumento de garantir a ordem pública e a aplicação da Lei Penal. Willians segue preso na Casa de Detenção da cidade.
A defesa afirma que vai recorrer da decisão no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO).
O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) se manifestou contrário ao pedido da defesa. Com isso, a juíza Liliane Pegoraro Bilharva ressaltou que a revogação não merece ser concedida, pois o decreto de prisão está bem fundamentado com as razões adequadas.
“Acresço a elas [razões] a enorme repercussão que o fato causou na cidade de Vilhena, que sobressaltou-se com as circunstâncias desse caso, em que um pai de família buscando pelo sustento mediante trabalho, tenha perdido a vida de forma abrupta e cruel”, enfatizou a magistrada.
Já o advogado José Franscisco Cândido afirma que não há elementos suficientes para manter Willians preso e vai recorrer da decisão no TJ-RO. Ele enfatiza que Willians tem residência fixa, emprego, família e está cooperando com as investigações.
Cândido ainda salienta que Willians possui todos os requisitos para responder ao processo em liberdade e que ele se apresentou espontaneamente e confessou o crime. Willians está preso na Casa de Detenção de Vilhena.
“A prisão preventiva não tem caráter punitivo antecipado. A prisão preventiva existe para assegurar a aplicação da lei; garantir que o acusado não vá fugir ao processo, e nenhum desses requisitos estão presentes. Ele está disposto a responder por seu ato”, argumenta o advogado.