Juiz determina reabertura de investigações do caso Toninho do PT

Juiz determina reabertura de investigações do caso Toninho do PT

Juiz determina reabertura de investigações do caso Toninho do PT | Divulgação
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Alegando falta de ind?cios, o juiz de Campinas (SP) Jos? Henrique Torres decidiu anteontem n?o aceitar den?ncia contra o seq?estrador Wanderson de Paula Lima, o Andinho, acusado pelo Minist?rio P?blico e Pol?cia Civil de ser um dos autores do assassinato do prefeito de Campinas Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT.

Em uma senten?a de 99 p?ginas, o juiz determina ainda a reabertura das investiga?es policiais, que devem ficar a cargo da Delegacia Seccional de Campinas. Toninho foi morto em 10 de setembro de 2001 quando sa?a de um shopping sozinho em seu carro.

De acordo com a den?ncia do Minist?rio P?blico contra Andinho, apresentada h? dez meses, o seq?estrador e outros tr?s comparsas foram os autores dos tr?s disparos contra Toninho. Os promotores queriam j?ri popular para o denunciado.

Dos quatro acusados pelo crime, apenas Andinho continua vivo. Os outros tr?s foram mortos em duas a?es policiais.

O promotor Ricardo Silvares disse que ir? recorrer no Tribunal de Justi?a. Apesar de acusarem Andinho, os promotores n?o estabeleceram uma motiva??o para o crime.

"Vamos recorrer e com certeza o Tribunal de Justi?a vai reformar esta senten?a, que ? um manifesto ? impunidade", disse Silvares.

A vi?va Roseana Garcia fez uma apelo para que os promotores n?o recorram, de forma a n?o prejudicar a reabertura da investiga??o. Ela sustenta a tese de que o crime pode ter sido pol?tico e disse que as provas contra Andinho s?o fr?geis.

J? o inqu?rito da Pol?cia Civil, conclu?do em 2002, aponta que Toninho foi morto porque atrapalhou a fuga da quadrilha de Andinho.

O advogado da fam?lia, Andr? Guimar?es, disse que o recurso da Promotoria pode atrasar em ao menos dois anos a reabertura das investiga?es policiais.

O defensor p?blico de Andinho no processo, procurador estadual Silvio Artur Dias da Silva, disse que o seq?estrador sempre negou a autoria do crime e ser? informado da senten?a por meio de carta precat?ria.

Segundo ele, Andinho est? preso em uma penitenci?ria de seguran?a m?xima no interior de S?o Paulo e j? est? condenado h? mais de cem anos de pris?o por outros crimes.

Na p?gina 80 da senten?a, o juiz diz que o "ind?cio da participa??o do r?u [Andinho] no homic?dio somente poderia surgir de provas seguras e nunca de outros ind?cios, especialmente de ind?cios fr?geis, inseguros, contradit?rios e contrariados".

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