Familiares e amigos de Giovana Dias de Souza Alves, que morreu após tirar uma foto enquanto dirigia o carro a 170 km/h na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Itanhaém, no litoral de São Paulo, participaram de uma missa em homenagem à jovem na noite deste domingo (1º), em uma igreja na região central da cidade.
O clima de comoção ainda é grande por conta da morte de Giovana, que completaria 20 anos de idade nesta segunda-feira (2). Durante a missa, família e amigos usavam uma camisa que estampava a a foto da garota, além de uma mensagem escrita: ?Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós. Giovana, não te dizemos adeus e sim até breve?.
A mãe e o namorado não quiseram se pronunciar a respeito, mas Miguel Carvalho Batista, de 20 anos, um dos melhores amigos da garota, falou sobre a tristeza que está sentindo. "Ela era uma pessoa muito alegre, de bem com todo mundo. É difícil acreditar que tudo isso aconteceu. A gente conversava muito. Ela era como uma irmã para mim. Vou lembrar dos momentos de felicidade e dos planos que ela sempre fazia?, diz.
Indagado sobre a possível imprudência da jovem no episódio que culminou com a sua morte, devido ao excesso de velocidade, Miguel não crê nessa hipótese. ?A gente não faz ideia do que aconteceu no dia. É complicado falar. A pista não é boa, talvez as condições não fossem as melhores. Não acredito que ela tenha cometido algum excesso. Ela tinha consciência do que fazia?, conclui.
Velocímetro
O programa Fantástico mostrou com exclusividade neste domingo a foto tirada com o celular por Giovana momentos antes do acidente, onde é possível ver o velocímetro de seu carro marcando 170 km/h. Meses atrás, ela postou em uma rede social na internet a imagem do mesmo velocímetro a 180 km/h. Durante seu sepultamento, no dia 26 de novembro, amigos e familiares afirmaram que a jovem usava muito o celular e mandou uma mensagem para um primo cerca de dez minutos antes do acidente.
O caso
Giovana Dias de Souza Alves, de 19 anos, trabalhava em um banco em Praia Grande, também no litoral paulista. Ela estava voltando para casa, em Itanhaém, quando ocorreu o acidente, por volta das 18h do dia 25 de novembro, no Km 315 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. A jovem perdeu o controle da direção e bateu o carro na pilastra de sustentação de uma passarela.
Segundo a polícia, antes de morrer Giovana tirou uma foto com o celular que prova que o veículo estava em alta velocidade. A jovem dirigia a 170 km/h e essa pode ter sido a causa do acidente. O aparelho foi recolhido pelo Instituto de Criminalística de Itanhaém e passa por análise. O carro foi retirado do local duas horas depois da colisão e ficou totalmente destruído.