Jovem é julgada por encorajar o namorado a tirar a própria vida

O julgamento iniciou na última terça (6) e segue nos próximos dias

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Uma jovem está sendo julgada por encorajar o seu namorado, que sofria de depressão há anos, a tirar a sua própria vida. Enquanto enchia seu carro de monóxido de carbono, a namorada respondeu uma mensagem a respeito: “Volte para dentro do carro. Faça isso logo”.

No dia seguinte, as autoridades encontraram o corpo sem vida do jovem dentro do veículo. Ela, que não alertou as autoridades, foi acusada de homicídio culposo. Três anos depois, um tribunal de Massachusetts decide se a jovem receberá punição penal.

Algumas questinamentos polêmicos rondam o julgamento. Pode uma pessoa ser condenada por homicídio apesar de não estar presente quando a vítima faleceu? s palavras de uma pessoa são suficientes para condená-la por homicídio?

O julgamento começou na última terça-feira e seguirá nos próximos dias.

Segundo a acusação, que traz no comando Maryclare Flynn, Michelle Carter brincou com a vida do namorado e acusou a jovem de buscar protagonismo e atenção com a morte dele. Queria ser ä namorada do menino que se matou".

Já a defesa de Carter alerta sobre o histórico depressivo de Roy e diz que a sua vontade de riar a própria vida precediam a relação de ambos. O divórcio de seus pais e os abusos de seus familiares tinham-no levado a pesquisar métodos de suicídio no passado, disse o advogado Joseph Cataldo. Carter, depois de ajudá-lo a procurar saídas, limitou-se a apoiá-lo em sua decisão para pôr fim à vida, argumentou Cataldo.

As provas são dezenas de mensagens e chamadas telefônicas nos dias antes da morte de Roy.

“Você estará feliz no céu. A dor terá acabado”, diz uma mensagem de Carter para Roy. “É normal ter medo, está prestes a morrer”, escreveu em outro. Horas antes do suicídio, a namorada repreendeu Roy por querer adiar: “Acho que você não vai fazer, tudo isso para nada... Estou tão confusa, você estava pronto e decidido”.

“Simplesmente vá a algum lugar com seu carro. Não há ninguém na rua a essa hora”, disse a garota antes de Roy dirigir até um estacionamento próximo para se suicidar. Continuou pressionando-o. “Faça e ponto. É o que você queria, é o momento certo e você está pronto”. Quando Carter foi acusada, em 2015, a Justiça considerou que as mensagens “pressionaram” Roy e o contato constante simulou uma “presença virtual” da garota na morte de seu namorado. Apesar de morar perto, os jovens só se viram pessoalmente em poucas ocasiões. Sua relação era baseada em telefonemas e mensagens.

A mãe e a irmã de Roy, que passaram horas com ele horas antes de seu falecimento, afirmaram que não tinha mostrado nenhum sinal de querer morrer. Depois da morte de seu namorado, Carter mandou mensagens às duas familiares expressando condolências, mas não demonstrou ter conhecimento dos planos de Roy.

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