Janguiê Diniz, engenheiro da Educação e do Empreendedorismo do Brasil

Em 21 de março de 1964, nasce em Santana dos Garrotes, pequena cidade do sertão da Paraíba, Janguiê Diniz, um retirante.

Janguiê Diniz | Reprodução
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Em 21 de março de 1964, nasce em Santana dos Garrotes, pequena cidade do sertão da Paraíba, Janguiê Diniz, um retirante. Aos cinco anos, fugindo da seca, seus pais se mudam para a região Norte, indo a morar em Mato Grosso e, posteriormente, em Rondônia. É a natureza local inquietando os seus.

Aos 14 anos de idade, já há um propósito em seus passos: seguir a carreira jurídica. Desta vez, são seus próprios pés que povoam mais uma estrada, rumo a Pernambuco. Dentro de si, há ebulições oníricas. Em breve, a Faculdade de Direito de Recife da UFPE o terá sentado em sala de aula, aonde  iniciará sua formação tão desejada.

Declinando-se em estudos, é bacharel em Direito pela UFPE. Sempre em vigília, reconhecendo a necessidade de se tornar íntimo com a palavra, conclui também o curso de Letras - Licenciatura em Inglês pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP. Na Aliança Francesa, conclui o curso de Francês, também no Recife. Na Cultura Inglesa, em parceria com a Universidade de Cambridge, Inglaterra, o curso de Inglês. Na Escola Superior da Magistratura de Pernambuco conclui Pós-Graduação e se prepara para a Magistratura. Vencendo o tempo, participa de vários congressos nacionais e internacionais de Ciências Jurídicas.

Já o fascina a carreira diplomática. Presta concurso em 1986, vindo depois a desistir por descobrir que a diplomacia não retratava suas aspirações.

Trata-se de um homem em emersões e imersões. Aprendeu com Jean Paul Sartre que a idade da razão é não entravar sua própria liberdade. E, em contínua formação, em 1992, torna-se juiz togado do TRT da 6a Região; de dezembro de 1993 a setembro de 2013 é procurador regional do Ministério Público do Trabalho em Pernambuco. Não se distancia de sua formação acadêmica. Especializa-se em Direito do Trabalho, pela UNICAP e na sequência em Direito Coletivo pela Organização Internacional do Trabalho - OIT, em Turim, Itália. Conclui o Mestrado e o Doutorado em Direito Processual do Trabalho pela UFPE. Pernambuco o reconhecerá como homem oportuno para também arar este Estado, agraciando-lhe a Câmara Municipal do Recife e a Assembleia Legislativa de Pernambuco com os títulos de cidadão recifense e pernambucano, respectivamente. Seguiram os passos de Pernambuco e de Recife diversos outras cidades e estados.

Em sua docência, o registro de professor efetivo da cadeira de Processo Civil e Trabalhista da Faculdade de Direito do Recife da UFPE, exonerado a pedido, e do Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU, alça mais um voo alto, nobre e lúcido: edificar sua própria instituição de ensino superior. Suas duas mãos agora estão voltadas ao empreendedorismo. E, estando sólido em suas imersões, emerge em Pernambuco a Faculdade Maurício de Nassau, embrião do grupo Ser Educacional. É a natureza do homem contribuindo expressivamente para o desenvolvimento coletivo. Sua capacidade de intervir no coletivo constrói alicerces fortes e estáveis para o desenvolvimento de Pernambuco e para a ascensão do Brasil.

Com a pena sempre às mãos, escreve. Decanta em páginas o conhecimento adquirido e o pragmático. Aprendeu com Camões, em “Os Lusíadas”, que o conhecimento não se adquire apenas sonhando, imaginando e estudando, mas vendo, tratando e pelejando. E, assim, utiliza-se de suas substanciosas lições para assentar em páginas sua visão de mundo, sua enuncividade e sua enunciatividade. É autor de diversos livros jurídicos, de educação e empreendedorismo, dentre eles: Recursos no Processo Trabalhista; Ação Rescisória dos Julgados; Ministério Público do Trabalho: ação civil pública, ação anulatória, ação de cumprimento, Sentença Trabalhista, Temas de Processo Trabalhista, A Justiça e o Direito do Trabalho diante da Globalização, Pagamento de Dívida com Títulos da Dívida Pública e a Atuação do Ministério Público do Trabalho como Árbitro, Educação superior no Brasil,  Educação na Era Lula, O Brasil e o mundo sob o olhar de um brasileiro,  Política e economia na contemporaneidade,  Discursos em Palavras e  pergaminhos,  Transformando sonhos em realidade: A Trajetória do Ex Engraxate que Chegou a Lista da Forbes, O Brasil da política e da politicagem: desafios e perspectivas, Fábrica de vencedores: aprendendo a ser um gigante, O sucesso é para todos: manual do livro Fábrica de vencedores, A Arte de Empreender: Manual do Empreendedor e do Gestor das Empresas de Sucesso, Axiomas da Prosperidade, Inovação em Uma Sociedade Disruptiva, Vem Ser S/A: Lições de Empreendedores de Sucesso. Vol I e II, além de centenas de artigos publicados nas mais destacadas revistas jurídicas nacionais e jornais de grande circulação. Eis a polifonia em única voz e em páginas. Também se revelou poeta com a Obra “Desvelo - Poemas”. É a expressão catártica que também transpira em si, escorrendo pela pena, instrumento nunca em repouso em sua mesa de trabalho.

Janguiê Diniz é um condor, pássaro de voo exponencial. Jovem estudioso e dedicado, empreendedor vitorioso não apenas por edificar instituições, mas, sobretudo, por proporcionar edificações aos que integram nossa sociedade e por garantir desenvolvimento diretamente ao Brasil. Sua plataforma está estável em pilastras como o conhecimento denso no que realiza, sua maturidade em ser co-enunciador da cultura com a qual convive e na capacidade de empreender obras voltadas ao coletivo. Aprendeu bem com Drummond que deve usar as duas mãos, mas com o sentimento do mundo.

Esse sentimento o fez fundar o Bureau Jurídico - Complexo Educacional de Ensino e Pesquisa. Fundador e acionista controlador do grupo Ser Educacional, hoje um dos maiores grupos educacionais do país, com quase 200 mil alunos, 12 mil colaboradores, mantenedor da Uninassau - Centro Universitário Maurício de Nassau, Uninabuco – Centro Universitário Joaquim Nabuco, Unama – Universidade do Amazonas, UNG – Universidade de Guarulhos, Univeritas – Centro Universitário Universus Veritas, Uninorte – Centro Universitário do Norte, dentre outras, ergue para o Brasil as instituições que têm se destacado ao promover ensino superior de qualidade e que, indiscutivelmente, fazem parte da história dos cidadãos nordestinos e do Brasil.

Homem de muitos sonhos impossíveis, pois como ele próprio diz “só o impossível é digno de ser sonhado”, já que o “possível colhe-se facilmente no solo fértil de cada dia”, fundou, em Santana dos Garrotes, Paraíba, sua cidade natal,  o Instituto Janguiê Diniz e concede, anualmente,  para os jovens daquela cidade, centenas de bolsas de estudos de graduação  superior, em dezenas de cursos em  suas universidades,   visando graduar todos aqueles que, assim como ele, têm sonhos de mudar suas vidas, histórias e destinos e têm consciência que só a educação e o empreendedorismo podem fazer isso.

Empreendedor nato e visionário, criou, no Brasil, juntamente com outros grandes empreendedores, o Instituto Êxito de Empreendedorismo, um projeto coletivo, no qual milhares de empreendedores almejam ajudar milhões de pessoas, por meio de uma grande corrente de solidariedade. O objetivo do Instituto é ajudar os jovens menos favorecidos, especialmente de escolas públicas, a empreenderem na vida e posteriormente nos negócios. É que, segundo ele, “antes de a pessoa empreender nos negócios, tem que empreender na vida, porque ela tem que ter a consciência de que ela própria é a maior empreendedora da sua   história. Só após empreender na vida, a pessoa está apta a empreender empresarialmente, já que empreendedorismo é atitude, é ação, é estado de espírito, é estilo de vida, é transformar pensamentos em ação e sonhos em realidade”, afirma.

O Êxito está ajudando as pessoas a empreenderem na vida e nos negócios através de uma grande plataforma de cursos on-line, gratuitos, sobre habilidades sócio emocionais (soft skills) e técnicas (hard skills) e principalmente sobre empreendedorismo. Está ajudando por meio de palestras motivacionais e mentorias virtuais dos sócios e também por meio de vídeos inspiracionais gravados por grandes empreendedores, etc., porque, para ele, “é mais importante ensinar a pescar do que dar apenas o peixe”. São programas que têm grande influência não apenas na vida dos jovens, mas, principalmente na vida de seus colegas, amigos e familiares.

Janguiê é o homem que sonha e testemunha o nascimento de sua obra. Homem que alça voo para estudar a dimensão de cada construção, não permitindo que a população seja retirante como ele o foi em sua infância e adolescência. Ao contrário, seus projetos enraízam mais e mais toda uma população em seu próprio chão, impedindo que as pessoas andem por estradas insensíveis e não germinativas em busca de um futuro mais promissor. Fecundar a estrada de seu semelhante e de seu país o torna empreendedor firme e construtor da sociedade. Assim são seus projetos, suas ações e sua manifestação em vida, andando horizontalmente e verticalmente. Ele se mostra vizinho em sociedade, e continuamente sonha. Muitas surpresas ainda estão por vir. A cada dia, surgem novos projetos, novos ideais, novos horizontes. A inércia não está em sua agenda, em seu dicionário. Eis exemplo daqueles que lutam por um País onde a educação e o empreendedorismo sejam os alicerces para o desenvolvimento econômico e social, em que as pessoas possam ser mais felizes vivendo bem mais perto de Deus. José Janguiê Bezerra Diniz, engenheiro da Educação no Brasil.

Celso Niskier é Doutor em Inteligência Artificial, fundador e reitor da UniCarioca e diretor-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior - Abmes.

Para entendê-lo, é necessário não ignorar Zygmunt Bauman. Diz-nos Janguiê Diniz que ter compreendido a expressiva mudança de uma economia alicerçada em indústrias para uma economia baseada na informação foi o que o fez não permanecer nas “velhas maneiras”. O mundo moderno exige flexibilidade, velocidade e qualidade – é o que vemos de suas ações. O que se herdou não mais é adequado para o mundo. A mudança é compulsiva. A mudança lhe é comum. Tudo, rapidamente, exige expansão e reconfigurações.

A passagem da fase sólida para a líquida, isto é, para a condição em que as organizações que garantem rotinas, padrões e configurações sólidas não mais perduram, é o que torna esse empreendedor dinâmico e líquido. Janguiê não sugere construções com concretos que resistam a renovações. Suas edificações, portanto, não envelhecem. Reconfiguram-se, então. É que a sociedade, aos seus olhos, é cada vez mais tratada como uma rede. Já não mais é uma estrutura. O empreendedor, portanto, deve ter suas edificações como matrizes de conexões e permutações contínuas.

Quem o acompanha a mesas de trabalho não o encontra declinado em planejamentos e ações de prazos longos. Porém, declina-se à edificação de projetos com longevidade no tempo. Suas ações são distintas, pois são respostas dotadas de habilidade. Suas ações são rápidas e novas. Suas mãos germinam o solo: em 1996, funda o Bureau Jurídico – Cursos para Concursos. Em 1998, o BJ Colégio e Curso, escola de ensino básico. Em 2003, apresenta ao povo pernambucano, em Recife, a Faculdade Maurício de Nassau. A Joaquim Nabuco, em Paulista e em Recife, em 2007, já o tornam exemplo para muitos. Há motivações em seu dia a dia: o Brasil precisa crescer mais e mais. O que leu no passado e o que, atento, observa exige expansão de sua gente: seu empreendimento chega a quase todos os estados do Brasil. O processo de expansão é acompanhado pela chegada de uma nova marca: o grupo Ser Educacional, que, em 2013, abre capital na Bolsa de Valores, hoje um dos maiores grupos universitários  do país, com cerca de 185 mil alunos, e unidades em vários estados da federação,  mantenedor da Uninassau - Centro Universitário Maurício de Nassau,  Uninabuco – Centro Universitário Joaquim Nabuco, Unama – Universidade do Amazonas, UNG – Universidade de Guarulhos, Univeritas – Centro Universitário Universus Veritas, Uninorte – Centro Universitário do Norte, dentre outras.  

Talvez, sua inteligência maior esteja em sempre declarar que a força de um empreendedor está em não se tornar imune à crítica, a reavaliações. Ao contrário: é saber acompanhar as exigências de mercado, estar consciente da historicidade social – contínua e perpétua historicidade. E isso tudo o renova. Ter a validade vencida na vitrine é advindo da inércia institucional. Ora cede, ora reage. Há alternâncias. Quando é necessário reagir, fá-lo com a sabedoria e o rigor da experiência de um homem bem-sucedido em seus projetos. Assim como sugeriu Michel Foucault, esse empreendedor nascido no distrito de Santana dos Garrotes, na Paraíba, está convicto de que a identidade não é dada. Está consciente de que somos o que queremos ser. Embora esteja consciente de nossas limitações, não ignora que somos engenheiro de nossas vontades. Somos autores a escrever no tempo real, à janela, com tinta fresca ao vento. Somos livres.

Quem somos? Qual o nosso lugar no mundo? Por que estamos aqui? Enfim, nossa identidade precisa ser criada, da mesma maneira que as obras de arte são criadas. Jean Paul Sartre também pensou o mesmo, acrescentando que estamos condenados à liberdade. Mas que precisamos ser responsáveis e assumirmos nossas ações. Janguiê sempre nos lembra que qualquer ideia pode se transformar em uma obra ou dar início a uma obra - é o homem vindo de suas leituras; é o homem vindo de progressões internas, sobretudo. Sempre esteve com os livros. É-lhes fiel. Assim como o cão Quincas Borba foi fiel ao filósofo Quincas Borba, em Machado de Assis, ele o é aos livros. Mas também escreve. Acredita, inclusive, que a própria vida humana pode ser transformada em mais uma obra. Janguiê nos alerta que os dias de hoje não nos querem com um valor permanente, imperecível, vencendo o fluxo do tempo. Os olhos da rua, os ouvidos do consumidor, o tato do cliente, o olfato do público e o paladar do outro não estão sedentos de necessidades, desejos e vontades pré-fabricadas. É a commoditização ou recommoditização que está em moda. Seja para substituir o belo, seja para descartar “velhas maneiras”, seja para preservar a obsolescência. Seja, enfim, para desconstruir as máximas. Eis o sentido da expansão de seus empreendimentos, erguidos para a pluralidade social e com a pluralidade de impressões digitais de nosso país. José Janguiê Bezerra Diniz, páginas que fazem parte de nossa história - e de nossa História.

Edvaldo Ferreira - Escritor

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