O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, que o anúncio da antecipação da segunda parcela do auxílio emergencial — posteriormente revogada — foi feito sem a sua autorização.
O anúncio havia sido feito, na segunda-feira, em uma coletiva no Palácio do Planalto na qual participaram o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
Na quarta-feira, o Ministério da Cidadania voltou atrás e informou que a antecipação não iria acontecer devido à falta de recursos.
O comentário de Bolsonaro foi feito em uma publicação em sua página no Facebook. Uma seguidora afirmou que o governo havia "cancelado" o auxílio e perguntava como o povo iria "sobreviver".
O presidente, então, respondeu que "nada foi cancelado" e que "um ministro anunciou sem estar autorizado que iria antecipar a segunda parcela".
"Primeiro se deve pagar a todos a primeira parcela, depois o dinheiro depende de crédito suplementar já que ultrapassou em quase 10 milhões o número de requerentes. Tudo será pago no planejado pela Caixa", completou Bolsonaro na rede social.
De acordo com a nota divulgada pelo Ministério da Cidadania na quarta-feira, as três parcelas do auxílio vão exigir um desembolso de R$ 32,7 bilhões cada uma e que já foram transferidos para a Caixa R$ 31,3 bilhões.
Um contingente de 12 milhões de trabalhadores ainda não receberam a primeira parcela.
O cronograma de pagamento da segunda parcela, previsto para começar nesta quinta-feira até quarta-feira que vem, dia 29, só será anunciado em maio, segundo a nota. O Ministério menciona ainda que foi alertado pela Controladoria Geral da União (CGU) sobre a questão orçamentária.