Um grupo de 52 médicos e enfermeiros cubanos foi aplaudido ao desembarcar neste domingo (22) na região da Lombardia, na Itália, para auxiliar no combate ao coronavírus.
O grupo vai se unir a 12 médicos chineses que estão na região atendendo a população em um hospital de campanha na região de Bérgamo, capital da Lombardia, província com maior número de contaminados pela Covid-19.
Segundo o governo cubano, os médicos são especialistas em epidemias como o Ébola e ajudarão os colegas no trabalho que vem sendo realizado em condições extremas, com hospitais sobrecarregados pelo rápido aumento do número de casos graves na Itália.
A Itália, o país mais atingido pela epidemia, já conta com mais de 4.825 mortos pelo coronavírus, 793 só nas últimas 24 horas. Os números de mortos no país já superam os ocorridos na China, onde a pandemia começou.
Esta é a sexta equipe médica enviada pelo governo cubano para auxiliar no combate ao coronavírus. Grupos de especialistas cubanos já estão no Suriname, Nicarágua, Jamaica e Venezuela e em breve estarão em Granada, na Espanha.
Os especialistas cubanos fazem parte do Contingente Internacional Henry Reeve, criado pelo falecido ex-presidente Fidel Castro em 2005 para ajudar em situações de desastre e epidemia. Pelo trabalho em cerca de 20 nações o contingente recebeu um prémio da Organização Mundial de Saúde em 2017.
“Há um sentimento nacional de querer cooperar. Recebemos mensagens de voluntários dispostos a ir a qualquer lugar para ajudar nesta situação de saúde global”, disse Jorge Juan Delgado, diretor da Cooperação Médica do Ministério da Saúde Pública de Cuba (Minsap) à imprensa estatal.