Israel entra em estado de guerra após ataque do Hamas; mais de 40 pessoas mortas

O Hamas reivindicou a ofensiva, chamando-a de início de uma grande operação e causando a morte de pelo menos 22 pessoas.

Hamas reivindicou autoria dos ataques em Israel | REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Atualizada Às 10:01

No sábado (7), pelo horário local, Israel entrou em estado de guerra após um ataque surpresa do movimento islâmico armado Hamas, considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. Os ataques, que ocorreram principalmente na parte sul do país, envolveram o lançamento de milhares de foguetes. Pelo menos 40 pessoas morreram até a manhã de hoje e há mais de 740 feridos, segundo informações dos serviços de emergência de Israel.

O comunicado das autoridades de Israel afirmou que "vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza". O Hamas reivindicou a ofensiva, chamando-a de início de uma grande operação.

Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o país estava em estado de guerra e lançou a operação "Espadas de Ferro". Ele convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança e mobilizou uma grande quantidade de reservistas, afirmando: "Estamos em guerra e vamos ganhar. O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu."

Ilia Yefimovich/picture Alliance via Getty Images 

O ministro da Defesa do país, Yoav Galant, também condenou o ataque do Hamas, chamando-o de "grande erro". O premiê israelense pediu aos cidadãos que seguissem as instruções de segurança, recomendando que se mantivessem próximos a prédios e espaços protegidos.

Um alto comandante militar do Hamas revelou que 5 mil foguetes foram lançados contra Israel, com sirenes de avisos de bombardeios relatadas em várias regiões, incluindo Jerusalém. Houve relatos de edifícios danificados em Tel Aviv e em outras cidades. Também foi registrado um ataque a pedestres na cidade de Sderot, no sul de Israel, onde confrontos ocorreram nas ruas.

Mohammad Deif, comandante do Hamas, declarou: "Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação". Pelo menos 22 pessoas morreram em consequência dos ataques, com ambulâncias trabalhando em várias regiões do país.

A mídia palestina relatou que vários israelenses foram feitos prisioneiros por combatentes do Hamas, que também divulgou imagens de um tanque israelense destruído. O grupo Jihad Islâmica Palestina anunciou que seus combatentes se juntariam ao Hamas no ataque contra Israel. "Fazemos parte desta batalha, os nossos combatentes estão lado a lado com os seus irmãos nas Brigadas Qassam até que a vitória seja alcançada", disse o porta-voz do braço armado da Jihad Islâmica, Abu Hamza, no Telegram.

Com informações do g1

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