Israel dá prazo de 24 horas para que palestinos evacuem a Cidade de Gaza

Israel afirma que aviso é para a segurança dos civis palestinos, que temem que os militares iniciem ataque por terra

Israel dá prazo de 24 horas para que palestinos evacuem a Cidade de Gaza | Reprodução
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Na quinta-feira (12), o exército israelense emitiu um aviso urgente, solicitando aos habitantes da Cidade de Gaza que evacuem suas residências em direção ao sul da região dentro de um prazo de 24 horas. A confirmação dessa orientação foi compartilhada por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais das forças militares do país.

O porta-voz do exército enfatizou que a "evacuação visa garantir a segurança" dos habitantes da Faixa de Gaza e aconselhou que as pessoas só retornem à Cidade de Gaza quando autorizadas pelo governo israelense. Os palestinos estão preocupados de que essa ordem possa indicar uma possível incursão terrestre do exército israelense em Gaza.

Momentos antes da comunicação nas redes sociais do exército, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um comunicado informando que os militares israelenses haviam alertado para a necessidade de todos os palestinos na região norte da Faixa de Gaza, cerca de 1,1 milhão de pessoas, se deslocarem para o sul.

No entanto, segundo as informações do exército, o alerta é apenas para a Cidade de Gaza, que conta com cerca de 677 mil habitantes. Israel também declarou que nos próximos dias haverá operações "significativas" na Cidade de Gaza e alertou os habitantes da região a não se aproximarem da fronteira nem tentarem atravessá-la. (Veja o comunicado na íntegra abaixo)

A ONU reportou que o comunicado foi enviado pouco antes da meia-noite no horário local. Assim, as 24 horas se completarão às 18 horas desta sexta-feira (13), no horário de Brasília. A Organização informou que já deslocou seu centro de operações centrais para o sul de Gaza. Salama Marouf, chefe do departamento de comunicação do Hamas, afirmou à agência que o aviso é "propaganda enganosa, com a intenção de causar confusão entre os cidadãos e minar nossa unidade interna". Ele orientou os cidadãos palestinos a "não se deixarem envolver por essas tentativas". 

Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, solicitou que, caso se confirme qualquer ordem de ataque por parte de Israel, seja revogada, "evitando a transformação do que já é uma tragédia em uma situação calamitosa". Conforme o porta-voz, "as Nações Unidas consideram altamente improvável que tal movimento ocorra sem provocar consequências humanitárias devastadoras", dado que não haveria tempo suficiente para o deslocamento desse grande contingente de pessoas.

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