Irã liberta Nobel da Paz por condições de saúde; ativista estava presa há 2 anos

Mohammadi é há 30 anos perseguida pelo regime iraniano por seu ativismo, iniciado quando ela ingressou na universidade

Narges Mohammadi | Domínio Público via Wikimedia Commons
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A ativista de direitos humanos iraniana Narges Mohammadi, laureada com o Prêmio Nobel da Paz em 2023, foi libertada pelo regime teocrático por razões médicas nesta quarta-feira (4), afirmou seu advogado. Ela deve ficar fora da prisão por três semanas.

"Seguindo a opinião do médico forense, a procuradoria de Teerã suspendeu a execução da sentença de Narges Mohammadi durante três semanas, e ela foi liberada da prisão", anunciou Mostafa Nili na rede social X.

PERSEGUIDA PELO REGIME IRANIANO

Mohammadi é há 30 anos perseguida pelo regime iraniano por seu ativismo, iniciado quando ela ingressou na universidade, e por artigos escritos em favor dos direitos das mulheres no país. A ativista foi presa 13 vezes pelas forças estatais e condenada cinco vezes a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas.

PRISÃO MAIS RECENTE

A prisão mais recente ocorreu em 2021, enquanto ela participava de cerimônia pela memória de uma pessoa morta durante protestos contra o regime islâmico ocorridos em 2019. Ela cumpre pena de dez anos e nove meses de reclusão.

A ativista é vice-chefe do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, uma organização não governamental liderada por sua conterrânea Shirin Ebadi, advogada, ex-juíza e também vencedora de um Nobel da Paz.

Mesmo na prisão, Mohammadi mantém sua atuação política, e chegou a encorajar a organização de protestos e condenado a repressão a eles desde a morte de Mahsa Amini, sob custódia da polícia moral do país, em setembro de 2022.

(Com informações da FolhaPress)

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