O grupo WikiLeaks reivindicou a responsabilidade por um ataque à página do jornal americano "The New York Times" no último domingo, em que foi feita uma cópia do site original, com a publicação de um editorial falso, atribuído ao ex-editor-executivo da publicação, Bill Keller.
Em publicação no microblog Twitter, a entidade, que é liderada pelo australiano Julian Assange, admitiu a responsabilidade pela invasão.
"O WikiLeaks (Assange e Cia.) e nossos grandes apoiadores estão por trás dessa brincadeira contra o @nytkeller [endereço de Bill Keller no Twitter]. O que não é uma brincadeira, o WikiLeaks está sob sanções econômicas ilegais de bancos americanos e o NYTimes não diz nada. Os ratos".
A mensagem faz referência às bandeiras de cartão de crédito Visa e Mastercard e ao portal de pagamentos pela internet PayPal, que bloquearam suas páginas para doações ao WikiLeaks sob a alegação de que não podem sustentar a atividade ilegal. As sanções causaram graves problemas financeiros à entidade.
EDITORIAL
Na ação, a entidade publicou um editorial apócrifo, atribuído ao ex-editor-executivo do "New York Times" e atual colunista do jornal, Bill Keller, que faz críticas ao WikiLeaks, afirmando que "é um ataque a todos nós".
"Disse repetidas vezes, em forma impressa e em diversos fóruns públicos, que eu consideraria criminalizar as publicações do WikiLeaks por considerá-las um ataque a todos nós".
Em entrevista ao jornal britânico "The Guardian", Keller disse não ter se impressionado. "Eu vejo isso mais como uma criancice que um crime contra a humanidade. É uma brincadeira vazia. Eu levaria isso um pouco mais a sério se fosse realmente engraçado".