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Voos começam a voltar ao normal após recall global da Airbus

Descubra como uma falha de software nos Airbus A320 forçou companhias aéreas a suspender voos globalmente. Saiba mais sobre os impactos e a correção do problema.

Voos começam a voltar ao normal após recall global da Airbus | Foto: Reprodução
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Diversas companhias aéreas ao redor do mundo foram obrigadas a suspender parte de suas operações neste sábado (29) para corrigir uma falha de software em aeronaves da família Airbus A320. O problema deixou aviões parados em aeroportos da Europa, Ásia e América Latina (detalhes abaixo).

Em comunicado, o CEO da Airbus, Guillaume Faury, pediu desculpas pelos “desafios logísticos e atrasos” e afirmou que as equipes da fabricante estão trabalhando para aplicar a correção “o mais rápido possível”.

A atualização do software começou na noite de sexta-feira (28). Com a ordem de recall, autoridades de aviação de vários países determinaram que as aeronaves permanecessem no solo até a conclusão do procedimento, o que provocou cancelamentos e atrasos.

A ação imediata pareceu evitar impactos maiores e limitou o volume de interrupções. No fim da manhã de sábado, alguns dos principais aeroportos do mundo já registravam uma retomada progressiva das operações.

Situação pelo mundo:

Reino Unido:
A Autoridade de Aviação Civil informou que as companhias trabalharam durante a madrugada para atualizar os sistemas. O tráfego aéreo não sofreu grandes prejuízos. Gatwick relatou “algumas interrupções”, enquanto Heathrow afirmou não ter registrado cancelamentos. Manchester não prevê problemas relevantes, e Luton disse que “nenhum impacto é esperado”.

Austrália e Nova Zelândia:
A Jetstar cancelou 90 voos, embora a maior parte de sua frota já tenha passado pela atualização. Interrupções ainda podem ocorrer ao longo do fim de semana. A Air New Zealand manteve seus A320 em solo, mas retomou todos os voos após a conclusão do processo.

Estados Unidos:
A American Airlines — maior operadora global de A320 — informou que 209 de seus 480 aviões precisavam da atualização e que a maioria seria corrigida ainda neste sábado. Delta, JetBlue e United também estão entre as maiores usuárias da família A320 no país.

Europa Continental:
A Wizz Air afirmou que concluiu as atualizações durante a noite e não espera novos impactos. Dados da Cirium e do FlightAware indicavam que a maioria dos aeroportos operava com atrasos entre moderados e baixos. A Lufthansa previu poucos atrasos, mas não detalhou sua estratégia para atualizar os 156 A320 de sua frota. A Air France cancelou 38 voos para realizar a correção, o que representa 5% de suas operações diárias.

Kuwait:
A autoridade de aviação local informou que toda a frota de A320 já foi atualizada.

Colômbia:
A Avianca relatou que o recall atingiu mais de 70% de sua frota e, por isso, suspendeu a venda de passagens para viagens até 8 de dezembro.

Índia:
O regulador do setor disse que 338 aeronaves Airbus foram afetadas e que a atualização deve ser concluída até domingo. A IndiGo já corrigiu 160 dos seus 200 aviões, enquanto a Air India atualizou 42 de 113. Ambas alertaram para atrasos.

Taiwan:
A Administração de Aviação Civil determinou inspeções e manutenção imediata. Cerca de dois terços dos 67 A320 e A321 do território foram impactados.

Macau:
A Autoridade de Aviação Civil orientou a Air Macau a reorganizar seus voos para minimizar os transtornos aos passageiros.

Japão:
A ANA Holdings cancelou 95 voos neste sábado, afetando 13.500 passageiros. Junto com suas afiliadas, como a Peach Aviation, opera a maior frota de A320 no país. A Japan Airlines não foi impactada, pois utiliza majoritariamente aeronaves Boeing.

Brasil:
Latam e Azul, operadoras do A320 no país, informaram ao g1 na sexta-feira (28) que o recall não provocaria alterações em suas operações.

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