O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira (15) que sua vitória sobre o oposicionista Henrique Capriles foi um "triunfo eleitoral justo", mas disse que quer uma auditoria nos votos, após o resultado apertado.
Maduro também se disse aberto a uma auditoria dos votos, que deve ser pedida pela oposição.
"Eles querem uma auditoria, nós vamos apoiar a auditoria. Eu formalmente peço à Comissão Nacional Eleitoral que faça uma auditoria."
"Se ganho por um voto, ganhei. Se perco com um voto, perdi", disse o atual presidente interino após o anúncio oficial do resultado.
"Para que não fique dúvida dos resultados eleitorais, se 7 milhões e 500 mil de venezuelanos disseram que Nicolás Maduro deve ser presidente até 2019, deve-se respeitar", disse Maduro no Palácio de Miraflores, em Caracas, assistido por uma multidão de chavistas.
"A democracia é o resultado da maioria. Estou ganhando a presidência com quase 300 mil votos (de diferença)", disse. "O que vamos fazer agora é construir um governo poderoso, do povo. E vamos a concluir uma nova ampla e poderosa maioria da revolução bolivariana."
Ele conclamou a quase metade do eleitorado que votou em Capriles à "união".
"Vamos trabalhar juntos pela segurança desse país, pela economia desse país. Vamos trabalhar juntos para limpar definitivamente o sistema eleitoral para que não possa ser sabotado", disse.
"Com a oposição, se falará na Assembleia Nacional. Mas não entraremos em acordo dando as costas ao povo", advertiu.
"Ele [Chávez] me deixou um testamento e me disse o que fazer", disse. "Missão cumprida, comandante Chávez. O povo cumpriu seu juramento", finalizou.