Vazamentos na usina de Fukushima podem aumentar com tufão

As previsões meteorológicas indicam que no domingo e na segunda-feira haverá fortes precipitações devido à chegada do segundo tufão da temporada.

Missão da AIEA deixa usina de Fukushima, no Japão. | IAEA/Associated Press
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A Tepco (Tokyo Electric Power Company), operadora da usina de Fukushima, reconheceu neste sábado que a central não está totalmente preparada para as fortes chuvas que são esperadas na região, o que pode aumentar os vazamentos radioativos.

As previsões meteorológicas indicam que no domingo e na segunda-feira haverá fortes precipitações devido à chegada do segundo tufão da temporada, o Songda, segundo a Agência Meteorológica do Japão.

A Tepco lamentou neste sábado não ter coberto a tempo os reatores da usina danificados por explosões de hidrogênio, o que, pelo planejamento, deverá começar em meados de junho.

"Nos esforçamos ao máximo, mas não pudemos completar os trabalhos para cobrir os edifícios dos reatores. Nos desculpamos pela falta de medidas suficientes contra ventos e chuva", indicou a empresa elétrica.

Até o momento, a Tepco espalhou na área agentes que fixam pó e escombros para evitar que o material radioativo seja transportado pelo ar ou pela chuva ao exterior.

Segundo Goshi Hosono, conselheiro do primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, não se pode dizer que as medidas tomadas até agora sejam as apropriadas para evitar que o tufão espalhe materiais radioativos pela área.

Além disso, a Tepco publicou hoje novos dados sobre os níveis de radiação em Fukushima Daiichi nos primeiros dias do acidente nuclear gerado em 11 de março pelos efeitos do terremoto e do posterior tsunami.

A revelação de novos dados acontece um dia depois de o governo japonês ter tido ciência de que a Tepco não publicara todas as informações disponíveis sobre radiação, o que ordenou à empresa.

Os novos dados mostram um nível máximo de radioatividade de 3.699 microsievert por hora em um edifício próximo ao reator 1 no dia 17 de março, embora por enquanto a medição mais alta publicada tenha sido os 11.930 microsivert registrados em 15 de março dentro da central.

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