Bonita, bem-sucedida e sem aparentar qualquer deslumbramento com a posição de primeira-dama. É assim que toda a imprensa mundial tem retratado Valérie Trierweiler, companheira do presidente eleito da França, o socialista François Hollande. Aos 47 anos e jornalista de carreira, ela prometeu em campanha que não iria abandonar seu contrato com a revista ?Paris Match?, onde por duas décadas trabalhou na cobertura da política francesa.
Se a promessa for cumprida, ela será a única primeira-dama da França, em todos os tempos, a manter seu emprego enquanto vive com o marido no Palácio do Eliseu, sede do governo francês, em Paris. Segundo um artigo publicado no jornal britânico ?The Guardian?, até a ex-modelo Carla Bruni, mulher do atual presidente Nicolas Sarkozy, deu uma pausa na rotina de cantora folk para não atrapalhar os compromissos de Estado.
Com Carla Bruni, a nova primeira-dama Valérie Trierweiler compartilha ao menos uma semelhança: diferentemente das mais conhecidas primeiras-damas americanas, como Milchelle Obama e Hillary Clinton, as francesas não adotaram o sobrenome de seus companheiros. No caso de Valérie, que mantém o sobrenome do ex-marido, não há sequer razão para isso, porque ela não é oficialmente casada com Hollande. Segundo reportagem da agência de notícias EFE, o casal começou a se relacionar secretamente em 2006 e só tornou público o namoro em 2010.
?A mulher da minha vida?
Mesmo tendo sido casado por cerca de 30 anos com a ex-candidata Ségolène Royal, derrotada por Sarkozy nas eleições de 2007, François Hollande definiu Valérie Trierweiler como ?a mulher de sua vida?, como afirma a EFE. Ela, com três filhos, e ele com quatro, se comportam como uma dupla que não precisa provar mais nada.
Juntos, funcionam, pelo menos para a imprensa. A Valérie foi atribuída a mudança da imagem de Hollande, que apareceu mais magro na campanha. Quanto ao seu estilo pessoal, a nova primeira-dama mantém a elegância das cores sóbrias nos trajes: bege, azul, preto, branco e marrom. Os óculos escuros e o cabelo cortado na altura do ombro dão um ar de nobreza que lembra Jacqueline Kennedy, o maior ícone entre as esposas de presidentes que o mundo já viu.
Apesar de moderna e independente, Valérie Trierweiler é o tipo de mulher que não tem receios em apoiar seu homem. "Adoro escutar François e aplaudir o homem que amo. Continuar sendo jornalista não será um problema. Eu o aclamarei com os braços no alto, como a mulher de um jogador", afirmou ela em declaração à revista "Femme Actuelle" e publicada em reportagem da EFE.