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União improvável: Harry e Megahn se unem a Elon Musk para conter avanço da IA

A petição para barrar o avanço da “superinteligência” já contabiliza 850 figuras públicas do mundo todo

Harry e Meghan, dugue e duquesa de Sussex | Foto: Reprodução
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Nesta quarta-feira (22/10), diversas figuras públicas com influência mundial se uniram em uma petição para barrar os avanços nocivos da chamada “superinteligência” que, em pouco tempo, poderia ultrapassar a capacidade cognitiva humana e escapar do controle de seus criadores. A petição, intitulada como “Future of Life Institute”, reuniu até mesmo a realeza inglesa, como Harry e Meghan, e o bilionário Elon Musk em uma só missão.

O movimento pede que seja estabelecida uma proibição temporária do desenvolvimento de sistemas de superinteligência - termo usado para descrever modelos de IA que poderiam até mesmo superar as habilidades mentais humanas, como raciocínio abstrato, criatividade e tomada de decisão autônoma.

Ao todo mais de 850 figuras públicas aderiram ao projeto e defendem a pausa dos avanços até que seja seguro e haja um consenso científico sólido sobre esses sistemas, assim como, apoio público suficiente para definir seus limites éticos e legais.

O pesquisador Yoshua Bengio especializado em Inteligência Artificial também aderiu a ideia e faz frente como representação da comunidade científica. De acordo com o especialista, é preciso ter cautela e consenso público ao avançar no desenvolvimento destas tecnologias.  

“Sistemas de IA de fronteira podem superar a maioria dos indivíduos em praticamente todas as tarefas cognitivas dentro de apenas alguns anos. Para avançar com segurança em direção à superinteligência, precisamos determinar cientificamente como projetar sistemas incapazes de causar danos por desalinhamento ou por uso malicioso. Também precisamos garantir que o público tenha voz ativa nas decisões que moldarão nosso futuro coletivo”, pontuou.

QUEM ASSINOU A PETIÇÃO?

Entre as 850 figuras públicas que assinaram a petição estão pessoas de todos os ramos e de diversas partes do planeta, o bilionário Richard Branson, o cofundador da Apple Steve Wozniak e o príncipe Harry e Meghan Markle, duque e duquesa de Sussex.

Além de nomes da ala conservadora norte-americana, como Glenn Beck e Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca durante o governo Donald Trump. O pastor Johnnie Moore, líder evangélico que já atuou como conselheiro do ex-presidente, figura na lista.

DEBATE ANTIGO

No entanto, o debate sobre o avanço e desenvolvimento da IA já repercute nas principais comunidades científicas há um bom tempo. Em 2023, por exemplo, o mesmo Future of Life Institute publicou uma petição pedindo uma pausa nos chamados “grandes experimentos de IA”, que também contou com o apoio de Elon Musk e outros pesquisadores de renome.

Apesar de Musk ainda não ter assinado o novo documento, o seu apoio à causa já é notório há anos. Inclusive, seu nome aparece no site do instituto como conselheiro externo, e o bilionário é citado por ter “chamado atenção para os riscos potenciais da IA avançada”.

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