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TV israelense diz que Netanyahu quer controle total de Gaza

Primeiro-ministro deve anunciar expansão da ofensiva em reunião nesta terça (5); plano inclui ocupação total do território palestino

TV israelense diz que Netanyahu quer controle total de Gaza | Foto: Reuters
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu tomar o controle total da Faixa de Gaza, segundo revelou a emissora israelense i24 News, com base em fontes ligadas ao governo. A decisão será comunicada oficialmente ao gabinete ministerial nesta terça-feira (5), durante uma reunião já convocada pelo premiê.

Embora o governo ainda não tenha confirmado oficialmente o plano, Netanyahu já declarou que a reunião de terça terá como foco a definição dos objetivos da guerra em Gaza.

“Devemos continuar unidos e lutar juntos para alcançar todos os nossos objetivos de guerra: a derrota do inimigo, a libertação de nossos reféns e a garantia de que Gaza não representará mais uma ameaça a Israel”, afirmou o premiê em comunicado.

Operação militar deve avançar

Segundo a TV israelense, a ofensiva militar será ampliada com a entrada das Forças de Defesa de Israel (IDF) em áreas específicas da Faixa de Gaza onde o serviço de inteligência acredita que ainda existem reféns israelenses mantidos pelo Hamas.

A escalada no conflito ocorre após o fracasso nas negociações por um cessar-fogo que incluiria a libertação de reféns.

Essa não é a primeira vez que Netanyahu manifesta interesse em controlar Gaza. Em maio deste ano, ao autorizar a retomada da entrada de ajuda humanitária no território, o premiê já havia mencionado que a ocupação total da região fazia parte de um "plano de vitória".

A Faixa de Gaza é um território palestino reconhecido desde o plano da Organização das Nações Unidas (ONU) para a criação do Estado de Israel, em 1948.

Proposta controversa dos EUA

Anteriormente, durante uma visita de Netanyahu à Casa Branca, o presidente americano Donald Trump sugeriu que os Estados Unidos controlassem Gaza, promovendo o remanejamento da população para países vizinhos e construindo resorts de luxo no local. A proposta foi duramente criticada internacionalmente e não teve desdobramentos oficiais.

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