Cerca de 717 pessoas morreram nesta quinta-feira (24) e 805 ficaram feridas em um tumulto envolvendo peregrinos próximo à cidade sagrada de Meca, onde 3 milhões de pessoas participam do Hajj, o rito muçulmano da peregrinação, na Arábia Saudita. Devido ao grande número de pessoas e o atendimento ainda em curso, o número de mortos e feridos pode aumentar, dizem as autoridades.
O incidente aconteceu entre acampamentos de peregrinos na cidade vizinha de Mina, que abriga aqueles que viajam a Meca para as festividades. O Islã diz que todos aqueles capazes devem realizar o Hajj ao menos uma vez na vida.
O tumulto aconteceu durante o ritual de apedrejamento do diabo, que em outros anos já causou incidentes com centenas de mortos. Seis equipes de emergência prestam os primeiros socorros aos feridos no local da tragédia e orientam os peregrinos para "rotas alternativas".
Até o momento não foram divulgados os motivos que teriam provocado uma correria em Mina, cidade que realizou nos últimos anos obras de infraestruturas para facilitar o deslocamento dos peregrinos.
No dia 11 de setembro, quase duas semanas antes do início da peregrinação à Meca, uma grua desabou na Grande Mesquita e matou mais de 100 pessoas.
No ritual de apedrejamento do diabo, a multidão atira pedras em três pilares, em uma reencenação do evento quando o profeta Abraão apedrejou o demônio e rejeitou suas tentações, de acordo com as tradições muçulmanas.