O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai assinar um documento com o objetivo de enviar norte-americanos de volta para a Lua e, depois, para Marte. As informações foram anunciadas nesta segunda-feira (11) por Hogan Gidley, porta-voz da Casa Branca.
Segundo Gidley, Trump vai ordenar que a agência espacial americana, Nasa, lidere "um inovador programa de exploração espacial para enviar astronautas americanos para a Lua e, finalmente, Marte".
Homens não vão para a Lua desde o fim do programa Apollo
Todos os seis voos que levaram seres humanos para a Lua foram realizados pela Nasa. O último deles ocorreu em dezembro de 1972, com a missão Apollo 17.
Por serem considerados caros e pelo arrefecimento das tensões da Guerra Fria, as missões lunares foram interrompidas. Tanto os EUA quanto a União Soviética passaram a concentrar suas missões espaciais tripuladas na órbita terrestre, com estações como o Skylab (americano) e a MIR (soviética).
A partir do final dos anos 1970, ambicionando cortes de custos, a Nasa desenvolveu um programa de ônibus espaciais, veículos maiores e capazes de realizar diversas missões, ao contrário dos módulos antigos, que duravam apenas uma viagem.
O projeto falhou, no entanto, em reduzir os gastos da agência, dada a complexidade dos aparelhos. O último voo de um ônibus espacial aconteceu em 2011, 30 anos depois da implementação do primeiro veículo do tipo, sendo que dois dos cinco aparelhos construídos pela Nasa foram perdidos em acidentes que terminaram com todos os ocupantes mortos: a Challenger, em 1986, que explodiu minutos após o lançamento; e a Columbia, que se desintegrou ao reentrar na atmosfera, em 2003.
Atualmente, todos os astronautas americanos são lançados ao espaço em missões russas. A Nasa havia estimado retomar voos espaciais tripulados dos EUA em 2017, por meio de projetos com empresas privadas, como a Boeing e a SpaceX. Atrasos no planejamento, contudo, jogaram a previsão para 2019.