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Trump quer seu rosto no Monte Rushmore, mas plano pode destruir escultura

Monumento construído em montanha nos Estados Unidos possui o rosto de quatro ex-presidentes americanos e esculpir um quinto seria quase impossível.

Trump quer seu rosto no Monte Rushmore, mas plano pode destruir escultura | Foto: Tom Brenner/Reuters/Arquivo
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O Monte Rushmore, famoso por exibir os rostos de quatro importantes presidentes dos EUA George Washington, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln e Theodore Roosevelt —, já foi alvo de comentários ambiciosos por parte de Donald Trump.

Durante seu primeiro mandato, Trump teria confidenciado à então governadora da Dakota do Sul que sonhava em ver seu rosto esculpido no monumento. Como presente, ele chegou a receber uma maquete do monte com sua face incluída, em tom simbólico, mas que refletiu o desejo do ex-presidente de se eternizar ao lado das figuras históricas da nação.

"Uma das preocupações centrais", segundo especialistas, "é a integridade da estrutura rochosa". O acréscimo de um novo rosto poderia comprometer ainda mais o equilíbrio do monumento. Além disso, há fortes restrições legais e ambientais que tornam quase impossível qualquer modificação no Monte Rushmore. O local é protegido como um memorial nacional, e alterações exigiriam aprovação do Congresso e de agências de preservação histórica e ambiental.

Assim, embora a ideia de Donald Trump tenha voltado à tona com o projeto de lei apresentado por um aliado, a combinação de limitações geológicas, técnicas e políticas torna extremamente improvável que ela se concretize.

Por que apenas quatro presidentes?

A escolha dos rostos no Monte Rushmore foi feita por Gutzon Borglum com o objetivo de representar os primeiros 150 anos da história dos Estados Unidos — um tributo à fundação, expansão, preservação e desenvolvimento do país. Ele próprio definiu os quatro presidentes esculpidos e as posições de cada um.

Agora, com os EUA prestes a completar 250 anos, surge um novo debate em torno da possibilidade de modificações no monumento. Há duas frentes de discussão: uma filosófica — se deveria ser alterado — e outra geológica — se poderia ser feito. Especialistas apontam limitações estruturais severas, e qualquer intervenção colocaria em risco a integridade da montanha.

Vale lembrar que outros nomes já foram sugeridos no passado, como Franklin D. Roosevelt, John F. Kennedy e Ronald Reagan, mas nenhuma dessas propostas partiu dos próprios presidentes. A ideia de Donald Trump se destaca justamente por isso: ele expressou publicamente o desejo e, como presidente, teria o poder de tentar viabilizar tal mudança — embora enfrentasse enormes barreiras legais, técnicas e históricas.

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