O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Israel deve suspender imediatamente os ataques na Faixa de Gaza e comemorou a decisão do grupo Hamas de devolver todos os reféns israelenses. Em postagem na rede social Truth Social, Trump disse acreditar que o acordo pode resultar não apenas em um cessar-fogo, mas também em avanços para a paz no Oriente Médio.
“Com base na declaração recém-emitida pelo Hamas, acredito que eles estão prontos para uma paz duradoura. Israel deve parar imediatamente os bombardeios para que possamos resgatar os reféns de forma segura e rápida. Neste momento, é perigoso demais prosseguir”, escreveu Trump.
O QUE DISSE O HAMAS
O Hamas também se pronunciou, afirmando que considera “encorajador” o pedido para suspender os ataques e que está disposto a negociar os detalhes do acordo. O grupo, que mantém mais de 40 reféns desde 7 de outubro de 2023, disse que entregará o governo da Faixa de Gaza a um comitê de tecnocratas palestinos com apoio árabe e islâmico.
A proposta dos Estados Unidos prevê que o Hamas não participe de um novo governo, mas poderá receber anistia se entregar armas e aceitar conviver pacificamente com Israel. Israel liberaria cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, e a ONU e o Crescente Vermelho seriam responsáveis pela distribuição de ajuda humanitária em Gaza.
PRAZO
Trump deu um prazo até domingo (5) para que o Hamas aceite a proposta, sob risco de sofrer “uma ofensiva devastadora”, segundo suas palavras. Ele afirmou que a medida é a última oportunidade para salvar os integrantes sobreviventes do grupo.
A iniciativa americana foi bem recebida por países da Europa, pela Autoridade Palestina e pelo Brasil. Por outro lado, moradores de Gaza demonstraram preocupação com a possibilidade de agravamento do conflito. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse apoiar o plano, mas alertou que a ofensiva será retomada caso o acordo não seja firmado, descartando a criação de um Estado palestino.