![Donald Trump | Reprodução](/uploads/imagens/2025/1/29/webp/trump-diz-que-bloqueou-o-envio-de-us-50-mi-para-comprar-camisinhas-para-o-hamas-ef08969f-2e9c-42b8-873d-6374422ddf2e.jpg.webp)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira (29) que impediu o envio de US$ 50 milhões (cerca de R$ 293 milhões) para a Faixa de Gaza. Ele afirmou que esses recursos seriam usados para "comprar camisinhas para o Hamas".
A declaração foi feita durante um discurso em que Trump assinou a primeira lei aprovada em seu governo, que estabelece a prisão de imigrantes ilegais suspeitos de crimes violentos ou furtos.
Durante o discurso, o presidente também abordou outros temas, como a justificativa para o congelamento de gastos e a revisão de programas sociais e benefícios oferecidos pelo governo. Trump explicou que o orçamento de US$ 50 milhões, aprovado na administração de Joe Biden, estava destinado à compra de camisinhas para a Faixa de Gaza.
"Nesse processo, nós identificamos e congelamos US$ 50 milhões que seriam enviados para Gaza para comprar camisinhas para o Hamas. E você sabe o que aconteceria com elas? Eles as usam para fazer bombas", afirmou.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, fez uma afirmação parecida na terça-feira (28), durante uma coletiva de imprensa.
De fato, reportagens e fotografias publicadas em 2020 indicam que o Hamas já usou preservativos como "balões" para enviar pequenos explosivos para Israel. De acordo com o jornal "The Jerusalem Post", esses artefatos já causaram incêndios no território israelense.
Por outro lado, a imprensa norte-americana afirmou que não existem evidências de que a Casa Branca havia aprovado um orçamento para a compra de camisinhas na Faixa de Gaza.
Uma apuração feita pelo jornal "The Washington Post" aponta que o valor indicado por Trump seria suficiente para comprar 1,5 bilhão de preservativos.
O jornal descobriu ainda que, em 2024, o Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou o envio de US$ 50 milhões para a Faixa de Gaza para cuidados com saúde. A empresa contratada para o serviço afirmou que não estava fornecendo preservativos.
Ainda segundo o Washington Post, os Estados Unidos gastaram US$ 118,6 milhões para comprar 3,6 bilhões de preservativos entre 2016 e 2022, que foram enviados para 60 países. As medidas fazem parte de um programa norte-americano de combate ao HIV.