
Em declarações que acendem o alerta geopolítico global, o presidente Donald Trump ameaçou neste domingo (30) bombardear o Irã caso as negociações sobre o programa nuclear do país não avancem. "Se não fizerem um acordo, haverá bombardeios", afirmou à NBC, revelando que diplomatas dos dois países mantêm conversas sigilosas. A escalada verbal ocorre enquanto a administração americana prepara novas tarifas comerciais punitivas, incluindo taxas de até 50% sobre petróleo russo.
Duas frentes de pressão: bombas ou sanções
Trump apresentou um ultimato em camadas: além da opção militar, planeja estrangular economicamente o Irã com "tarifas secundárias" semelhantes às impostas em seu primeiro mandato. A estratégia espelha ações recentes contra México e Canadá, onde ameaças tarifárias forçaram concessões migratórias. Agora, o presidente avança com uma política de "tarifas recíprocas" contra nações que considera hostis ao comércio americano – detalhes serão anunciados nesta semana.
Ameaça à Rússia: petróleo na mira
O discurso beligerante se estendeu à Guerra na Ucrânia. Irritado com as declarações de Vladimir Putin – que sugeriu derrubar Volodymyr Zelensky e colocar a Ucrânia sob tutela da ONU –, Trump prometeu taxar 25% a 50% das importações de petróleo russo se Moscou não buscar acordo de paz. A resposta veio horas após Putin, em discurso a marinheiros em Murmansk, propor uma solução que incluía eleições supervisionadas por potências ocidentais.
Cenário de risco global
As declarações ocorrem em um momento delicado:
Irã acelera seu programa nuclear enquanto protestos internos desafiam o regime;
A Rússia intensifica ataques à infraestrutura ucraniana;
A política de "América Primeiro" de Trump radicaliza-se, com tarifas que podem desestabilizar mercados.
Analistas veem nas ameaças uma tática de negociação dura, mas alertam para riscos de cálculo errado. "Trump joga com fogo ao vincular colapso diplomático a ações militares", observa um ex-embaixador americano, sob anonimato. Enquanto isso, o mundo aguarda para ver se as palavras se tornarão ações – e quantas fronteiras econômicas e geopolíticas serão redesenhas no processo.