Falta de oxigênio pode ter matado a tripulação e os passageiros do MH370

Avião que ia da Malásia à China desapareceu em 8 de março

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As autoridades australianas apuram a possibilidade de que a falta de oxigênio tenha causado a morte da tripulação e dos passageiros do voo MH370 da Malaysia Airlines, que supostamente voou com o piloto automático até cair no sul do Oceano Índico, confirmaram nesta sexta-feira (27) fontes oficiais.

"Ao comparar as características do acidente, e com as poucas informações disponíveis sobre o (voo) MH370, as autoridades se basearam nos dados históricos de que a tripulação poderia ter ficado inconsciente pela falta de oxigênio para recriar os últimos momentos do acidente", disse a Autoridade Australiana de Segurança no Transporte (ATSB, sigla em inglês).

O órgão publicou um relatório nesta quinta-feira (26) para tentar delimitar a área de buscas do avião desaparecido, no qual analisou diversos fatos que podem ter causado o acidente, entre eles "um transtorno durante o voo, um evento de hipóxia/tripulação inconsciente e um voo sem motor".

Estas variáveis somente foram utilizadas "para ajudar na definição prioritária da área de buscas" da aeronave, segundo a ATSB.

"A determinação dos fatores reais envolvidos no desaparecimento do MH370 são responsabilidade da autoridade que investiga o acidente", destacou o departamento encarregado dos trabalhos de resgate.

As autoridades australianas anunciaram ontem a mudança do local de buscas do MH370 para uma área de 60 mil quilômetros quadrados, situada mais ao sul, que inicialmente foi apontada como o destino final da aeronave.

Antes de retomar o rastreamento submarino em agosto, em uma missão que deve durar um ano, as autoridades australianas, que coordenam as buscas, encomendaram a elaboração de um mapa do leito marinho.

O avião da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur na madrugada do dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil), com 239 pessoas a bordo, e tinha previsão de chegada em Pequim seis horas mais tarde, mas desapareceu das telas dos controladores aéreos 40 minutos depois da decolagem.

A aeronave mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo as autoridades malaias, para atravessar o Estreito de Malaca em direção oposta ao seu trajeto inicial e acredita-se que seu destino final foi no sul do Oceano Índico.

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