Três homens foram detidos em Hong Kong em conexão com o incêndio em um complexo de apartamentos no distrito de Tai Po, que deixou 36 mortos e dezenas de feridos. Os presos são dois diretores e um consultor de uma construtora, acusados de negligência grave, segundo as autoridades locais.
A polícia informou que o nome da construtora foi identificado em placas de poliestireno inflamáveis encontradas pelos bombeiros, bloqueando algumas janelas do complexo de apartamentos. Outros materiais de construção, como redes de proteção, lonas e coberturas plásticas, também não atendiam aos padrões de segurança.
O complexo residencial Wang Fuk Court, composto por oito torres e cerca de 2.000 apartamentos, abriga aproximadamente 4.000 pessoas. O incêndio foi controlado nesta quarta-feira (26), mas a causa ainda não foi determinada.
Autoridades apontam que o fogo pode ter sido alimentado por telas de construção verdes e andaimes de bambu, comuns na arquitetura tradicional chinesa, mas que vêm sendo gradualmente eliminados em Hong Kong desde março por motivos de segurança.
Além disso, a polícia afirmou que janelas de um dos edifícios foram seladas com material de espuma durante trabalhos de manutenção, contribuindo para a propagação do incêndio.
"Temos motivos para acreditar que os responsáveis da empresa foram extremamente negligentes, o que levou a este acidente e fez com que o incêndio se alastrasse descontroladamente, resultando em um grande número de vítimas", disse Eileen Chung, superintendente da polícia de Hong Kong.
As investigações seguem para apurar responsabilidades e identificar se outros materiais ou práticas de construção irregulares contribuíram para o incidente.
Com informações da CNN Brasil