Um terremoto de magnitude 7.1 atingiu o México na tarde desta terça-feira (19). O forte tremor foi sentido na Cidade do México, onde edifícios caíram e pessoas estão soterradas. Ao menos 138 mortes foram confirmadas.
O tremor abala a cidade no mesmo dia em que era lembrado o 32º aniversário do grande terremoto de 1985, que deixou milhares de mortos na capital mexicana.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que prédios desabaram e carros foram esmagados pelos escombros.
O prefeito da Cidade do México disse que há pessoas presas nas ruínas de alguns prédios.
O epicentro do tremor foi nos arredores de Axochiapan, no Estado de Morelos, a cerca de 120 km da capital, segundo o Serviço Nacional mexicano. Ele foi registrado a 57 km de profundidade.
Após o terremoto, havia cenas de pânico e pessoas choravam pelas ruas. O tremor ocorreu apenas algumas horas depois de muitos participarem de treinamentos sobre terremotos em todo o país no aniversário do sismo devastador de 1985.
"Estou consternada, não consigo conter o choro, é o mesmo pesadelo de 1985", disse à AFP, entre lágrimas, Georgina Sánchez, de 52 anos, chorando em uma praça da Cidade do México.
Brasileiros que estavam em regiões atingidas pelo terremoto relataram o susto que levaram e as devastações que testemunharam.
O mochileiro Mayke Moraes, de Varginha (MG), sentiu o tremor na Cidade do México, onde desembarcou no início da semana. Já o intercambista Anderson Junqueira Rocha, de Três Corações (MG), estava em Puebla, uma das regiões mais afetadas pelo tremor.
"Estava editando um vídeo e acabou de acontecer um tremor, foi um mais forte que o último. O pessoal está todo na rua, estamos escutando vários barulhos de sirene de polícia, ambulância, aqui não aconteceu nada nesse pedaço, mas deu para sentir o chão tremendo muito forte", contou o mochileiro Mayke Moraes.
O intercambista Anderson Junqueira Rocha, intercambista de de Três Corações (MG) de 17 anos, também sentiu o tremor na região de Puebla, uma das mais afetadas pelo tremor.
A advogada curitibana Renata Alves, que vive na Cidade do México, disse ter presenciado cenas de desespero e caos causadas pelo terremoto.
Ela contou que estava em seu escritório, no sexto andar de um prédio na região da Avenida Reforma, na área central da cidade, quando notou que a terra tremia. No mesmo momento, o local foi evacuado e ela precisou correr, dividindo as escadas com dezenas de pessoas.
"O pessoal começou a descer as escadas, em desespero. Tinha muita gritaria. Teve muita gente em pânico, chorando, tudo isso. Estava todo mundo muito nervoso, sem saber o que fazer. Tivemos que ficar em frente ao prédio, esperando passar", relatou.
A modelo potiguar Lisandra Mendes, que mora na Cidade do México há 10 meses, diz que passou por momentos de tensão durante o terremoto. Ela contou que o prédio em que mora não sofreu danos à infraestrutura, mas um edifício que fica ao lado desabou.
“É onde mora uma amiga minha, mexicana. O prédio fica na rua do lado da minha casa, caiu mesmo, foi bem feio”, relata.