Neste domingo (26), o Exército Indiano mobilizou uma maquinaria especial para dar continuidade às operações de resgate dos 41 trabalhadores que estão presos há 14 dias em um túnel parcialmente desabado em Uttarakhand, no norte da Índia.
Essa estrutura, que gerou controvérsias nos últimos anos devido ao seu impacto ambiental projetado, tem o objetivo de conectar diferentes templos hindus sob a Cordilheira do Himalaia e desmoronou parcialmente em 12 de novembro.
O esforço conjunto para resgatar os operários têm enfrentado desafios, incluindo a queda contínua de detritos e danos nas máquinas de perfuração. Uma furadeira pesada, por exemplo, quebrou a apenas nove metros do local onde o grupo está retido.
Na última quinta-feira (30), pela primeira vez desde o desabamento, foi possível visualizar as condições das vítimas por meio de uma câmera inserida em um tubo fino utilizado para fornecer oxigênio, comida e água. As imagens revelaram que o grupo está exausto e ansioso. A comunicação com os bombeiros e familiares é mantida por meio de rádio.
O túnel oferece um espaço de 8,5 metros de altura e dois quilômetros de extensão para os operários. Apesar dos desafios, as forças aéreas indianas afirmam que há esperança de sucesso no resgate. Um novo dispositivo utilizará corte a plasma (técnica semelhante à soldagem) para remover as barras metálicas do túnel, possibilitando a inserção de um grande tubo de aço pelo qual os trabalhadores podem ser retirados. A complexidade da operação é agravada pelo fato de tudo ocorrer acima da área onde as vítimas estão localizadas, aumentando o risco de incidentes prejudiciais.
No sábado (25), o ministro-chefe de Uttarakhand, Pushkar Singh Dhami, anunciou o início da escavação de uma abertura vertical com 89 metros de profundidade na tentativa de acessar o túnel.