Tibetana morre ao queimar o próprio corpo em protesto contra China

Autoridades chinesas prenderam marido da mulher de 30 anos após o caso

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Uma mulher tibetana de 30 anos morreu ao queimar o corpo em uma região da China marcada por protestos contra a dominação de Pequim ao território, informaram organizações não-governamentais nesta terça-feira (19).

Segundo a ONG International Campaign for Tibet (ICT), a mulher, Kunchok Wangmo, de 30 anos, ateou fogo ao próprio corpo na província de Sichuan. A morte foi confirmada pela Free Tibet, outra organização de defesa dos tibetanos.

As autoridades locais chinesas prenderam o marido de Kunchok após o fato. Ele teria se negado a atribuir o caso a violências domésticas, informaram agências de notícias.

Sichuan, localizada no sudoeste da China, tem uma importante população de etnia tibetana.

Desde 2009, cerca de 110 tibetanos tentaram ou cometeram suicídio com atos de imolação em protesto contra a tutela de Pequim e a repressão de sua religião e cultura.

Pequim acusa grupos de apoio à independência do Tibet no exílio de encorajar atos de autoimolações, apesar de o líder espiritual ter pedido o fim destes protestos suicidas.

A China assegura que o Tibete é há séculos parte inseparável de seu território, enquanto os tibetanos argumentam que a região foi durante muito tempo virtualmente independente até que foi ocupada pelas tropas comunistas em 1951, um fato que Pequim considera como a "libertação" da "teocracia".

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