O número de mortos pelo terremoto de magnitude 6,0 que atingiu o leste do Afeganistão subiu para 1.411 nesta terça-feira (2), segundo o governo Talibã. Outros 3.200 ficaram feridos, com um rastro de destruição, tornando o tremor um dos piores no país nos últimos anos.
O tremor ocorreu em área montanhosa e com construções precárias, muitas feitas de argila, o que dificultou a localização dos corpos. Vilarejos inteiros foram destruídos e mais de 8 mil casas afetadas. O epicentro ocorreu a apenas 8 km de profundidade, tornando os tremores mais fortes. O terremoto foi sentido em Cabul e até em Islamabad, no Paquistão.
AGÊNCIAS PRESTAM AUXÍLIO
Os talibãs, que governam o Afeganistão desde 2021, afirmaram que todos os recursos disponíveis serão usados para salvar vidas. A volta do regime talibã fez secar verbas de um fundo internacional de ajuda para terremotos, frequentes no país. Centenas de feridos foram levados a hospitais locais, onde médicos relatam receber uma vítima a cada cinco minutos.
A ONU informou que diversas agências começaram a prestar auxílio no resgate em quatro províncias.
Horas após o terremoto, foram registrados cinco tremores secundários com magnitude entre 4,3 e 5,2, segundo o USGS. O Afeganistão é muito propenso a terremotos fortes, especialmente na cordilheira Hindu Kush, por estar sobre falhas geológicas onde as placas tectônicas da Índia e da Eurásia se encontram. Só em 2024, 1.000 pessoas morreram devido a terremotos no país.