? A situação está caótica.
Assim o coordenador da ONG Viva Rio André D?Ávila, carioca de 31 anos, descreveu a situação da capital do Haiti, Porto Príncipe, depois do terremoto da terça-feira (12). D?Ávila conversou com a reportagem do R7 por meio de um programa de mensagens instântaneas. As linhas de telefone do Haiti não estavam funcionando até o começo da madrugada desta quarta-feira (13).
D?Ávila coordena projetos beneficentes no Haiti. Ele estava em casa quando o abalo atingiu a região, e saiu correndo para a rua. Depois das réplicas, como são chamados os tremores, normalmente de intensidade mais fraca, que ocorrem após um terremoto, o cenário era desolador.
? O clima é de tristeza. As pessoas estão nas ruas, umas gritando desesperadas e outras cantando e rezando. No nosso centro comunitário já tem mais de 3000 pessoas desabrigadas. O clima é de medo e a população não tem ajuda para retirar os destroços.
Nas ruas, D?Ávila diz ter visto corre-corre, destroços, feridos e mortos. Mas o que ele ouviu de amigos haitianos era muito pior:
? Os haitianos que trabalham comigo e que estão aqui viram muita gente morta.
Ele enfatizou a palavra ?muita?.
O carioca trabalha na Viva Rio, que desenvolve uma série de projetos de arte e esporte em bairros pobres de Porto Príncipe, como Bel Air, extremamente afetado pelo sismo, segundo D?Ávila.
Cansado e ainda abalado com a situação, D?Ávila cortou a comunicação com a reportagem. Já no dia seguinte a Viva Rio teria muito trabalho a fazer.