Número de mortos chega a 650 em tempestade nas Filipinas

Contando apenas membros da Cruz Vermelha, são 500 funcionários e 143 voluntários trabalhando nas buscas

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Equipes de resgate procuram neste domingo (18) mais de 800 pessoas desaparecidas no sul das Filipinas depois de alagamentos e deslizamentos de terra terem arrastado casas para rios, matando mais de 650 moradores de áreas pouco preparadas para lidar com tempestades.

As cidades de Cagayan de Oro e Iligan, na ilha de Mindanao, foram as mais castigadas quando o tufão passou enquanto as pessoas dormiam, entre a noite de sexta-feira (16) e a manhã de sábado (17), invadindo as cidades com água e lama.

A Cruz Vermelha Nacional Filipina (CVNF) disse que 652 pessoas morreram em oito províncias na região de Mindanao (sul), com mais de 800 desaparecidos.

Cerca de 20 mil soldados foram mobilizados em uma vasta operação na costa norte da ilha de Mindanao. O governo clama por ajuda para suprir 35 mil pessoas retiradas da região com comida, roupas e moradia.

Cerca de 20 mil soldados foram mobilizados em uma vasta operação na costa norte da ilha de Mindanao. O governo clama por ajuda para suprir 35 mil pessoas retiradas da região com comida, roupas e moradia.

O Exército atua com 10 mil soldados e três helicópteros nas operações de resgate em Cagayan de Oro, enquanto uma segunda divisão faz o mesmo trabalho em Iligan. Além disso, navios da Marinha, da guarda-costeira e da frota pesqueira se coordenam para localizar as pessoas dadas por desaparecidas.

O chefe das Forças Armadas, o tenente-general Jessie Dellosa, disse que os soldados seguem em busca de mais vítimas em Cagayan de Oro.

Dezenas de milhares de pessoas buscaram refúgio em zonas mais altas de Mindanao. Cerca de 20 mil pessoas já estão em abrigos. A cidade de Cagayan de Oro amanheceu sem serviço elétrico.

Calamidade

O governo filipino declarou estado de calamidade apenas em Iligan, por enquanto. O prefeito de Iligan, Lawrence Cruz, disse que a tempestade provocou "a pior inundação na história de nossa cidade", em declarações à televisão GMA. "Aconteceu muito rápido, quando as pessoas dormiam", completou.

"A maioria das pessoas estava dormindo quando a água da enchente chegou, às 2h30 da manhã (16h30 de Brasília de sexta-feira, 16)", disse à imprensa em Manila Benito Ramos, chefe do escritório de gestão de desastres.

Mais de 100 pessoas morreram nas Filipinas em setembro e outubro como consequência da passagem consecutiva dos tufões "Nesat" e "Nelgae" pela região norte do país.

Em 2009, a tempestade Ketsana deixou mais de 460 mortos na capital Manila e em outras partes da nação asiática.

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