Tempestade já matou 100 na América Central

Fortes chuvas atingiram Guatemala, El Salvador e Honduras.

Tempestade | G1
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Pelo menos 100 pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas, a maioria na Guatemala, por conta da passagem pela América Central da tempestade tropical Agatha, que foi rebaixada para sistema de baixa pressão no domingo, segundo dados preliminares fornecidos pelas autoridades nesta segunda-feira (31).

Na Guatemala, pelo menos 82 pessoas perderam a vida e mais de 100 mil foram retiradas de suas casas. A maior parte das vítimas morreu em deslizamentos que enterraram casas em várias regiões do país, confirmou à AFP a Coordinadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred).

Apenas no departamento de Chimaltenango (55 km a oeste da capital) há 49 vítimas fatais, disse à AFP David de León, porta-voz da Conred.

Onze dos 22 departamentos do país foram atingidos, entre eles Chimaltenango e Sololá (oeste), Quiché (norte), Guatemala (centro), Escuintla e Retalhuleu (sul), Zacapá (leste) e Izabal (nordeste).

Milhares de casas foram danificadas por inundações e deslizamentos, disse o presidente Alvaro Colom, que ordenou a suspensão das aulas em todo o país a partir desta segunda-feira.

Colom, que visitou algumas áreas afetadas neste domingo, advertiu que o país "permanece em fase de emergência", já que há dezenas de municípios e aldeias sem comunicação por deslizamentos que obstruem as estradas.

Embora a tempestade "continue perdendo força gradualmente", "a degradação deste sistema continuará favorecendo a formação de nuvens, que podem ser mais carregadas, e chuvas na maior parte do país", advertiu Conred.

Em El Salvador foram registradas nove mortes causadas pelo fenômeno climático, o que levou o presidente Mauricio Funes a decretar neste domingo alerta vermelho em todo o território.

O presidente salvadorenho advertiu que a situação atravessada pelo país é "crítica" e alertou que, apesar de a tempestade começar a perder intensidade, "o risco" de deslizamentos e inundações de rios "é muito alto".

Em Honduras o balanço é de 10 mortos e milhares de desabrigados, além de prejuízos milionários. As autoridades decretaram alerta vermelho em cinco dos 18 departamentos do país, entre eles Tegucigalpa.

Apenas na Guatemala, o índice pluviométrico médio no sábado chegou aos 168 milímetros, mas as chuvas mais fortes foram registradas em Ciudad Pedro de Alvarado, na fronteira com El Salvador (leste), onde o nível chegou a 430 milímetros.

Colom informou que aeronaves americanas da base militar de Palmerola (Honduras) ajudarão o governo gutemalteco e que também são esperadas ajudas de Colômbia e México na assistência aos desabrigados.

O México autorizou a Guatemala a utilizar o aeroporto da cidade fronteiriça de Tapachula (sul) para atender à emergência gerada pela catástrofe, informou neste domingo a Presidência mexicana.

Além disso, o aeroporto internacional La Aurora, na Cidade da Guatemala, permanecerá fechado pelos próximos cinco dias devido à grande quantidade de cinzas que caiu sobre sua pista após a erupção do vulcão Pacaya na quinta-feira à noite, disse à AFP o titular da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Ronaldo Robles.

Para enfrentar estas duas emergências, Colom anunciou que o país assinará um contrato de empréstimo de 85 milhões de dólares com o Banco Mundial.

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