A tailandesa Wilawan Emsawat, de 35 anos, também conhecida como Sika Golf, foi presa nesta terça-feira (15/7) acusada de extorsão, lavagem de dinheiro e receptação de bens roubados, após ser identificada como figura central em um escândalo envolvendo ao menos nove abades e monges de alto escalão.
De acordo com o jornal Daily Mail, Wilawan filmava relações sexuais com os religiosos, usando o material para chantageá-los. A polícia tailandesa afirma ter encontrado, após análise dos dispositivos eletrônicos dela, cerca de 80 mil fotos e vídeos explícitos envolvendo monges de todo o país.
Um dos vídeos mais comentados mostra um monge deitado no colo de Wilawan, enquanto ela dá um tapa em sua cabeça, o que gerou grande repercussão e choque na sociedade tailandesa. As investigações continuam e novas denúncias podem surgir.
Nos últimos três anos, Wilawan Emsawat teria movimentado cerca de 385 milhões de baht (aproximadamente R$ 65 milhões) em suas contas bancárias, de acordo com as autoridades tailandesas. A maior parte desse montante foi gasto em apostas on-line, mas também financiou um estilo de vida luxuoso, com o aluguel de uma mansão por 30 mil baht (R$ 5 mil) e a compra de um carro de luxo por 3 milhões de baht (R$ 500 mil).
Segundo a polícia, Wilawan mirava monges influentes com objetivos financeiros. Foram identificadas diversas transações de grandes valores feitas por religiosos que mantinham relações íntimas com ela. A investigação teve início após a repentina saída de um abade famoso de um monastério em Bangcoc, que, segundo revelado, foi chantageado por Wilawan com uma falsa gravidez, exigindo 7,2 milhões de baht (R$ 1,2 milhão).
Em entrevista ao programa Hone Krasae, Wilawan afirmou que seu envolvimento com religiosos começou em 2013, ao se apaixonar por um monge casado, que inclusive lhe dava dinheiro e um cartão de crédito vinculado ao templo.
Entre os casos apurados, um ex-abade admitiu ter transferido 12,8 milhões de baht (cerca de R$ 2 milhões) para Wilawan, acreditando que o valor seria investido em um negócio de cerâmica — mais uma das falsas promessas usadas por ela para extorquir religiosos de alto escalão.
A maior parte dos monges budistas na Tailândia pertencem à doutrina Theravada, que é adepta ao celibato e proíbe até contato físico com mulheres.
(Com informações do Page Not Found/Extra)