Um dos sobreviventes do ataque que deixou ao menos 84 mortos na ilha Utoya, em Oslo, na sexta-feira, contou à rede americana CNN que conseguiu escapar porque se fingiu de morto, misturando-se aos corpos de outros jovens ao redor.
Segundo Adrian Parcon, de 21 anos, ele estava junto com outros jovens da juventude do Partido Trabalhista na praia quando o atirador abriu fogo contra os que estavam na areia e na água.
?Eu estava a talvez cinco ou sete metros de distância dele, enquanto ele gritava que ia matar todos, que todos iriam morrer. Ele apontou a arma para mim, mas não puxou o gatilho?, disse o jovem por telefone do hospital onde está internado. ?Ele saiu e voltou cerca de uma hora depois e atirou em quase todo mundo?.
O depoimento de Pracon deu detalhes mais claros à investigação do ataque durante o encontro de jovens que ocorreu pouco depois da explosão em um prédio do governo norueguês que deixou outros sete mortos, num total de 91 mortos confirmado até agora.
?Eu e outros estávamos no chão e sobrevivemos porque nos agarramos aos corpos ao redor e fingimos que estávamos mortos?, contou o jovem à CNN. ?Eu podia ouvir a respiração dele?, disse, sobre o autor do ataque.
Fertilizantes
Emissoras de TV e jornais da Noruega identificaram o homem como sendo o norueguês Anders Behring Breivik, de 32 anos. Imagens do suposto autor do atentado foram divulgada na sexta-feira.
Breivik havia comprado seis toneladas de fertilizantes no começo de maio, informou uma porta-voz da Central de compras agrícolas.
"Vendemos a ele as seis toneladas de fertilizantes, o que representa um pedido relativamente diferente", declarou Oddny Estenstad. Ela não quis precisar a natureza dos produtos fornecidos, nem se poderiam entrar na composição de explosivos artesanais.
Em seu perfil no Facebook, o principal suspeito, identificado como Anders Behring Breivik pela imprensa norueguesa, se apresentaba como diretor de uma fazenda biológica, a Breivik Geofarm.