Forças de segurança dispararam nesta sexta-feira contra milhares de manifestantes que protestavam contra o regime do ditador Bashar al Assad em várias cidades da Síria, matando ao menos 19 pessoas, segundo uma autoridade americana de alto escalão que falou em condição de anonimato.
Ativistas de defesa dos direitos humanos falaram mais cedo sobre 12 mortos. "Cinco pessoas morreram em Homs (centro), duas em Harasta (na periferia de Damasco) e duas em Deir Ezzor (leste) quando as forças de segurança dispararam contra os manifestantes", declarou o presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman, em telefonema, acrescentando que em Homs se reuniram 5.000 manifestantes.
Além disso, "duas pessoas morreram em Dael (sul) e uma em Duma (15 km ao norte de Damasco) vítimas de disparos das forças de segurança sobre os manifestantes", segundo ativistas que preferiram não se identificar.
Centenas de pessoas foram dispersadas à força em Sueidat, cidade do sul do país de maioria drusa, segundo Rahman.
Contou que também houve protestos na região de Damasco, Deraa (sul), Jableh (oeste), na cidade de Sarakeb (noroeste), Rastan (centro), Ksayr (centro), Maarat el Naaman (oeste), Talbisseh (centro), Latakia (oeste) e Mayadin (leste).
O militante pró-direitos humanos Abdallah al Jalil contou que 2.500 pessoas foram às ruas de Tabqa, perto da cidade de Raqqa (norte), mas acrescentou que as forças de segurança não intervieram.
O ativista Hasan Berro disse, por sua vez, que mais de 3.000 pessoas se manifestaram em Amuda (norte), pedindo liberdade, democracia e reconhecimento constitucional do povo curdo. Outras 4.000 o fizeram em Qamishli (noroeste) e 1.500 em Ras el Ayn (noroeste).
No entanto, testemunhas indicaram que um homem disparou na direção de uma delegacia de polícia durante uma manifestação no bairro de Rinedin, em Damasco, matando um policial e ferindo outros quatro.