A Síria enviou neste sábado (21) todas as informações sobre armas químicas que eram esperadas pela Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas) como parte do acordo firmado por Rússia e Estados Unidos para evitar um ataque norte-americano.
O prazo final para a entrega do material era hoje. "Confirmamos o recebimento dos dados que eram esperados do governo sírio com relação ao programa de armas químicas", afirmou um porta-voz da organização.
"Agora o secretariado técnico da Opaq está revendo a informação recebida", disse nota divulgada no site do regulador.
Acredita-se que a Síria possua cerca de mil toneladas de toxinas. Ontem o regime do ditador Bashal al-Assad já havia enviado uma declaração "inicial".
A Rússia, principal fiadora do acordo que pode evitar a guerra na Síria, afirmou hoje que pode parar de apoiar Assad se souber que ele não se comprometeu a "entregar o controle de seu arsenal de armas químicas", disse o chefe de gabinete do presidente russo, Vladimir Putin.
Ivanov também reiterou a oposição de longa data da Rússia à intervenção militar ocidental na Síria, dizendo que tal ação só iria ajudar militantes ligados à Al Qaeda.
Oposição rejeita mediação do Irã
A CNFROS (Coalizão Nacional Síria), maior aliança opositora do país, rejeitou hoje a oferta de mediação com o governo formulada pelo presidente do Irã, Hassan Rohani, que foi classificada como "irônica" pelo grupo político.
"O mais útil seria que o governo iraniano retire seus especialistas militares e combatentes extremistas do território sírio, antes de propor iniciativas", apontou a CNFROS, através de comunicado emitido divulgado neste sábado. (Com agências internacionais)